terça-feira, 8 de maio de 2018

Flamengo se aproxima de acordo com Maracanã que o fará abrir mão da Ilha



Em 2017, a Ilha do Urubu foi a casa do Flamengo no Brasileiro e em jogos de menor apelo. Para sacramentar um novo acordo com o Maracanã, o clube exige condições comerciais que o façam abrir mão do estádio luso-brasileiro em jogos de menor porte.


A negociação com o consórcio está em curso - já há minutas de contrato a caminho do Conselho Deliberativo. O prazo é uma das questões delicadas, por conta da eleição no clube e no Governo do Estado no fim do ano. São quatro anos de acordo.

A informação foi inicialmente publicada pelo Globoesporte.com e confirmada pelo EXTRA.

Enquanto isso, a diretoria negocia jogo a jogo com o consórcio que administra o estádio. E não interrompeu conversas com o Botafogo para o uso do Nilton Santos. A Ilha do Urubu, em obra, só será entregue depois da Copa do Mundo para uso da equipe. Com um acordo razoável com o Maracanã, o Flamengo pode antecipar a devolução do estádio à Portuguesa, com quem assinou três anos de contrato.

Meta de preços mais baixos

O recorde de público alcançado pela torcida do Flamengo no Maracanã (60.182), na vitória sobre o Internacional, neste domingo, simbolizou a guinada do clube na direção de uma popularização das arquibancadas. Com a proximidade de assinar o acordo para uso do estádio pelos próximos anos, a diretoria projeta preços populares para a maioria dos jogos do Brasileiro.

A intenção é manter o padrão de valores cobrados para o público geral e ampliar a vantagem dos sócios-torcedores, para recuperar a adesão aos planos após período de declínio por conta da má fase.

Em partidas de maior apelo, como clássicos regionais e nacionais, e na Libertadores, o valor do ingresso será um pouco mais alto, para atender à grande demanda em meio à boa fase. Os dirigentes entendem que nessas partidas de maior procura haverá compensação dos lucros, menores com os preços mais baixos.

Diante do Internacional, o aluguel do Maracanã foi de R$ 250 mil e a renda de R$1.415.585,00. A receita líquida obtida pelo Flamengo foi de apenas R$ 186.675,98, segundo borderô da CBF.

Ponto pacífico no clube

A diminuição dos valores dos ingressos vinha sendo debatida mais intensamente no Flamengo há alguns meses, e enfim houve aprovação de setores do marketing, financeiro e de grupos de trabalho ligados à presidência para implementação. Isso foi possível graças a unificação das metas de bilheteria e sócio-torcedor, que antes concorriam.

Vice de marketing do clube, Daniel Orlean comemorou o sucesso da iniciativa:

"Juntamos as metas de ST e bilheteria e vamos implantar melhorias nos programas que devem incentivar ainda mais a frequência. Os preços levarão sempre em consideração aspectos específicos de cada jogo, como horário, apelo da partida, entre outros. Mas o foco é tornar a presença mais acessível e ter o ganho desportivo em linha com o planejamento do clube", explicou o dirigente.

"Pelo jogo, fico feliz não só pelo resultado em campo, não só pelo recorde de público, mas por ter visto famílias, torcedores de todos os lugares e perfis cantando e empurrando o Flamengo. Foram 90 minutos de demonstração do que é o Flamengo. Acho que tivemos os três recordes de público do Brasileirão e, juntando com o treino aberto, acredito também que fomos o time que mais colocou gente no estádio em seus eventos depois que se iniciou o Brasileirão", exaltou.

Fonte: Extra

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