domingo, 16 de julho de 2017

Maurício Prado diz que Flamengo precisa buscar novo técnico, mesmo Zé Ricardo com 17 clássicos invictos (Botafogo,Vasco e Fluminense)



Vale ressaltar que antes de Zé Ricardo assumir profissionalmente como treinador do Flamengo, o rubro negro era motivo de chacota dos Vascaínos de Eurico Miranda, Rodrigo e companhia. Entre 2014 à 2016, o Flamengo ficou 9 jogos sem vencer o Vasco com treinadores como Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo, Cristovão Borges, Oswaldo de Oliveira, etc..



Saudades daqueles tempos de freguesia com o Vasco?

Veja o que Renato Mauricio Prado escreveu abaixo:

Empatar com o Cruzeiro, no Mineirão, em condições normais, nem deve ser considerado mau resultado. Mas pelo que se viu em campo, mais uma vez, a torcida do Flamengo tem motivos de sobra para reclamar. Rodada após rodada, apesar da chegada de reforços de qualidade, o time de Zé Ricardo continua a ter como principal (e praticamente única) opção de ataque o manjadíssimo e pouco eficiente chuveirinho.

Com seu estilo de privilegiar, acima de tudo, a posse de bola, o Fla domina o meio-campo, cisca, cisca e tome de bola alta sobre a área. Cruzamentos sucessivos e extremamente mal-feitos. Em 99% das vezes, não dão em nada. E surgem, então, perguntas daquelas que não querem calar:

Por que os jogadores não chutam mais de fora da área?

Por que TODAS as faltas laterais têm de ser cobradas altas, no  medíocre chuveirinho?

Por que, contando com jogadores habilidosos, como Diego, Éverton Ribeiro, Guerrero e Éverton, não há triangulações, jogadas de ultrapassagem e tabelas?

Por fim: se o treinador considera os cruzamentos tão importantes assim, por que, pelo menos, não são aprimorados? Os rubro-negros não acertam praticamente uma bola na cabeça de seus jogadores!

O fato é que o que mais irrita o torcedor é a impressão, que se fortalece na medida em que o elenco se reforça, de que Zé Ricardo parece incapaz de fazer o time jogar um futebol à altura dos jogadores que tem.

Essa tática do “cisca-cisca”, por exemplo, pode até ser razoável em determinadas circunstâncias. Mas hoje, contra o Cruzeiro, matou as possibilidades de contra-ataque, dando tempo à defesa mineira de se rearrumar e se fechar em várias oportunidades. Resultado? Bola alta a esmo na área rival.

Se no ataque o impasse continua, na defesa, viu-se também, há muita coisa a acertar. O gol do Cruzeiro só foi possível graças a uma bobeada de Réver (principalmente) e Rafael Vaz que, em linha, não perceberam a infiltração de Sassá. E no primeiro tempo, no espaço entre os dois, Thiago Neves só não marcou porque o goleiro Tiago fez grande defesa. Ou seja, há falhas na marcação – individuais e de posicionamento…

Depois de perder em casa (para o Grêmio) e deixar escapar a vitória no Mineirão, o Flamengo ficou a 12 pontos do líder Corinthians. Ainda falta muita coisa, mas começa a ficar difícil crer nas possibilidades de título brasileiro.

Com a desclassificação vexatória na Libertadores, restam a Copa do Brasil e a Sul-Americana. Com o investimento que está fazendo e os jogadores que tem ao menos um desses títulos passa a ser obrigação.

A par disso, já está na hora do presidente Eduardo Bandeira de Mello e o comando do futebol começaram a olhar, com atenção e carinho, o mercado de técnicos (quem sabe no exterior). Não adianta nada juntar um punhado de bons jogadores e continuar com um técnico que aposta todas as suas fichas no prosaico chuveirinho.

Fonte: Renato Mauricio Prado

3 comentários:

  1. Esse Renato Maurício Prado deve torcer contra o Flamengo, só pode. O ZR é respeitado por toda a comissão técnica e jogadores. E não é pra menos, tem tido um desempenho muito superior a de que muitos técnicos medalhões que passaram pelo Mengão. PAREM DE TUMULTUAR PELO AMOR DE DEUS !

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  2. Janio , sou flamengo há 67 anos e sinto extrema satisfação nas suas glórias . Mas só podemos chegar a elas avaliando e sendo bem isento nos momentos de desacertos.
    Neste ponto tinha duas situações em que via um sinal de dificuldades para o Flamengo chegar a títulos.
    Apesar de termos um goleiro promissor , o Tiago ( já que para mim o Muralha foi um erro de pressa para sua compra , pois o mesmo tem diversas características frágeis ) necessitamos um goleiro que transmita segurança aos companheiro , e que tenha um percentual de defesas difíceis que façam a diferença no computo final de um jogo( torço para a vinda de Diego Alves e , principalmente, que ele esteja com motivação e confiante em suas capacidades.
    O outro ponto fraco é o Ze Ricardo ( que necessita Ainda de mais tempo em um local menos visado que em um time como o flamengo, para crescer e ter tempo para reforçar mais conhecimentos) que percebemos com facilidade em "cair" frente a " bagagem e visão " de técnicos mais experientes.
    Onde estamos vendo jogadas ensaiadas?aprimoramento de conceito básicos do futebol( passe, centros na área, chutes a gol e qualidade e tranquilidade nas finalizações que se traduzem em gols e vitórias.
    Minha impressão , e olha que há uma pleiade de jogadores bons e de características diversas que nas mãos de um treinador com mais bagagem (POREM TEM QUE SER UM QUE NÃO QUEIRA SER A ESTRELA SOZINHO DO TIME) faça o Flamengo ter jogadas diferencias para cada " arapuca" armada por outros times.
    Quando um jogador tem a bola , é necessário no futebol moderno, termos outros 2 ou 3 dando condição de passe e no Flamengo por diversas vezes o cara recebe a bola e todo mundo não se apresenta para dar opção de jogada. Isso é "dedo" do técnico com um mínimo de visão . Onde vemos isso no Flamengo de hoje( somente jogadores diferencias por si só faz ; tipo Diego , Éverton Ribeiro fazem por seus conhecimento pessoais) ,onde está o técnico que não treina isso com os demais?.
    Por esse 2 pontos fracos temo que este seja um ano"perdido" para o Flamengo. E. Diretoria ( ao qual reputo uma qualidade administrativa de alto nível ) peca por falta de bagagem e coragem para mudar mais rapidamente as " coisas" de campo.
    Não sou a favor de mudanças de técnico afoitamente para dar resposta a ruins desempenhos , mas temos que reconhecer quando a visão do técnico chegou ao maximo de sua capacidade de fazer a diferença nos momentos decisivos de uma partida.

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  3. Não vejo um técnico no Brasil para substituir o Zé Ricardo.

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