Os 25 maiores clubes do país arrecadaram em torno de R$ 5 bilhões em 2016.
Nunca se faturou tanto no futebol brasileiro.
Não é suficiente, ainda assim, para se sonhar em chegar ao mesmo patamar dos gigantes europeus. Para isso, segundo o vice-presidente de finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, é preciso que as receitas do mercado aumentem e, assim, fiquem mais próximas do patamar de ligas como a espanhola, que movimentam mais que o dobro.
No evento Conafut, 1ª Conferência Nacional de Futebol, realizado em São Paulo, Pracownik fez um paralelo sobre a situação.
“Perguntam para mim quando o Flamengo, com esse faturamente que está hoje em 27º ou 28º do mundo vai ser o Barcelona. Quando vai ser o Barcelona? Seremos Barcelona quando o Palmeiras for o Real Madrid”, analisou.
“Não há possibilidade dos clubes virarem o Barcelona se o mercado não crescer, não vierem investidores, receitas de publicidade e televisão aumentarem. Não há possibilidade de chegarmos lá, pensarmos em hegemonia se não houver esse entendimento fora de campo também. Podemos ganhar o Mundial porque é um jogo, claro, mas não é isso que discute”, prosseguiu.
O rubro-negro teve superávit de R$ 153 milhões em 2016, motivado, especialmente, pelas luvas de TV recebidas da Rede Globo.
O Palmeiras, por sua vez, surge logo atrás e fechou com saldo positivo de R$ 89 milhões. O dois são indubitavelmente os mais ricos do país.
“Com o mercado de R$ 5 bilhões que temos hoje, não conseguimos fazer da noite para o dia dobrar e atingir o patamar da Europa, mas, com produtos mais atraentes, vamos trazer mais parceiros para o futebol. Haja vista que, há dois, três anos, não tínhamos o que temos hoje”, acrescentou Luciano Paciello, diretor financeiro alviverde.
A dupla foi unânime em mostrar que o cenário se encontra desequilibrado, ressaltando que o maior faturamento ficou a cargo da CBF.
Fonte: ESPN
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