Esse é o retrato baseado em números de Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão esportiva, que compilou os dados a partir dos balanços financeiros das equipes.
O Palmeiras teve em 2015 a terceira maior receita do futebol nacional (R$ 351,5 milhões) atrás apenas de Cruzeiro (R$ 363,8 milhões), que está brigando na parte de baixo da tabela (14º colocado), e Flamengo (R$ 355,6 milhões), respectivamente.
Palmeiras e Flamengo também terminaram 2015 com superávits, algo comum a mais nove equipes, ou seja, bem raro. O primeiro fechou com R$ 10,6 milhões e o segundo com R$ 130,5 milhões (o melhor resultado entre todos os clubes analisados).
Os números alviverdes e rubro-negros também são diferentes porque esses clubes polarizaram as fontes de onde vêm seus ganhos.
Por exemplo, os direitos de TV respondem por 36% da receita flamenguista e 36,4% da cota palmeirense. Com patrocínio e publicidade, o Flamengo arrecadou 23,9% e o Palmeiras, 19,9%. Em transferências de jogador, o primeiro arrecadou 3,4%, o segundo, 3,7%.
Em julho, um estudo do Itaú BBA, o banco de investimentos do grupo Itaú, já avaliava Palmeiras e Flamengo como o clubes que vivem a melhor realidade no futebol brasileiro.
A equipe rubro-negra foi elogiada pela ‘política de austeridade’ implatanta desde o ano anterior, que fez reduzir os gastos e aumentar as receitas.
Sobre o Palmeiras, o estudo avaliou que o clube alviverde encontrou durante a gestão Paulo Nobre uma administração sólida, coma ressalva de que ela se deve a um patrocinador que paga um valor bastante acima do mercado (no caso a Crefisa).
Na prática, tudo isso significa clubes mais equilibrados e, portanto, com condições de se reforçar com nomes de peso para seguir na luta pelo título. O Palmeiras não anunciou nenhum grande nome recentemente, mas o Flamengo trouxe o meia Diego e o atacante Leandro Damião, o que passou a credenciar à equipe na briga pela taça.
E OS OUTROS?
O Atlético-MG, o Corinthians, o Santos e o Grêmio, que ocupam da terceira a sexta colocação, respectivamente, e almejam o título, não têm situação tão tranquila.
Os quatro tiveram déficit na última temporada e as administrações trabalham de maneira a conter as despesas – embora o Atlético-MG tenha investido em Robinho.
Em termos de receita e dos quatro avaliados, o Corinthians é único entre os cinco clubes mais abonados. Recebeu R$ 298,4 milhões, atrás de Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras e São Paulo.
Atlético-MG, Grêmio e Santos ocupam a sétima, oitava e 11ª colocação, respectivamente.
Por causa da eliminatória para a Copa do Mundo de 2018, a próxima rodada do Campeonato Brasileiro será disputada somente em 7 e 8 de setembro.
Fonte: ESPN
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