A Rede Globo acenou para mudanças nas cotas das transmissões de televisão a partir de 2019. A emissora tem sido pressionada pela negociação de sete clubes com o canal Esporte Interativo e, por isso, considera efetuar alterações significativas e mais igualitárias.
Segundo publicado no blog do jornalista Rodrigo Mattos, do Uol Esporte, para resistir às investidas cada vez maiores do Esporte Interativo, a Globo teria apresentado a alguns times a redução da diferença da cota cedida à dupla Corinthians e Flamengo - que atualmente recebem R$ 60 milhões a mais que o São Paulo, terceiro clube mais bem pago pela emissora. A proposta seria 40% de divisão igual, 30% de premiação, e 30% de audiência.
Segundo o blog, a dificuldade enfrentada para adequar os valores seria uma garantia dada ao Corinthians para receber porcentagem superior, juntamente com o Flamengo. Outro problema é que a maior parte do dinheiro vindo da emissora diz respeito à transmissão em TV aberta e apenas uma parte seria para canais fechados, fato usado pela Globo para justificar o benefício para as duas equipes.
O Esporte Interativo tem conversas adiantadas com sete clubes: Santos, Fluminense, Grêmio, Internacional, Bahia, Coritiba e Atlético-PR. A proposta seria nove vezes superior à da oferta da Globo, algo em torno de R$ 550 milhões, contra R$ 60 milhões. Além disso, o EI propõe seguir os critérios semelhantes à da Premier League para distribuição das cotas, com 50% igual para todos os clubes, 25% de critério técnico, 25% de audiência.
Além dos sete clubes, São Paulo e Flamengo conversam com os dois canais, mas estariam mais próximos da rede carioca.
Minas Gerais
Atlético e Cruzeiro já estão fechados com a Globo. As duas equipes aceitaram ampliar os contratos com a emissora carioca até 2020 e receberão R$ 60 milhões. O antigo acordo era válido até 2018.
Confira a lista com os valores pagos aos clubes:
Flamengo e Corinthians - R$ 170 milhões
São Paulo - R$ 110 milhões
Palmeiras e Vasco - R$ 100 milhões
Santos - R$ 80 milhões
Cruzeiro, Atlético, Grêmio, Internacional, Botafogo e Fluminense - R$ 60 milhões
Outros clubes - R$ 35 milhões
Fonte: O Tempo
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