domingo, 20 de setembro de 2015

Lamentável! Jornalista da Fox Sports detona torcida do Flamengo

“Vou falar em espanhol para deixar bem claro o que quero dizer. Eu vejo muitos jogos pelo mundo e, na Alemanha e na Inglaterra, existem torcidas que apoiam a todo momento, independentemente do resultado. Na América do Sul, é o contrário. O time tem que contagiar os seus torcedores.”

O técnico colombiano Juan Carlos Osorio, autor da frase acima após um insosso 0 a 0 entre São Paulo e Chapecoense no Morumbi, não é a oitava maravilha do mundo, mas ele tem trazido novas ideias e debates para o futebol brasileiro. Está aprendendo e ensinando algumas coisas, inclusive a torcer. Não é novidade para mim nem para quase ninguém que o torcedor brasileiro é um dos menos fiéis do mundo. Pouco vai ao estádio e, quando vai, é tão impaciente que vaia do começo ao fim do jogo se não está satisfeito com algum jogador, com o técnico, com os dirigentes, com a posição do time na tabela ou com um desempenho não tão bom em campo. É direito do torcedor vaiar? Completamente, isso não se discute, mas há formas muito mais inteligentes e produtivas de mostrar insatisfação com algo relacionado ao seu clube de coração. Deixar o time às moscas em pequenos e grandiosos estádios ou jogar contra o time com perseguições e protestos, inclusive com a bola rolando, não rende quase nunca o efeito desejado. Infelizmente, essa é a cultura do torcedor brasileiro, que não sabe perder, não aceita simplesmente fazer uma boa campanha, não admite nem sequer um vice-campeonato.

Recentemente, recebi muitas mensagens de torcedores do Flamengo em mídias sociais questionando se eu tinha algo contra a Nação, a maior torcida de um clube de futebol no Brasil. Isso começou porque fiz um post bastante com alguma base científica mostrando que o Flamengo não tem a maior torcida do mundo. Desde então um ou outro torcedor tenta me mostrar as façanhas da imensa torcida rubro-negra como se ela fosse a melhor do mundo. Lamento dizer, mas também não é a melhor, como nenhuma do Brasil é. O Flamengo conseguiu apenas após 26 rodadas virar o time de melhor média de público do Brasileiro-2015. E qual é essa média? Pouco mais de 33 mil torcedores, o que não enche nem a metade do Maracanã.

O maior público do campeonato aconteceu em Brasília, onde uma grande, rica e carente torcida do Flamengo lotou o estádio Mané Garrincha para ver um time que vinha de seis vitórias seguidas, que estava no G4 e que sonhava até com o título do Brasileiro. Com todas essas condições, o estádio lotou e empurrou o Flamengo até a página 2. Gol do Coritiba e silêncio. Falha de César Martins no segundo gol do Coxa e perseguição ao zagueiro flamenguista, que é quem vestia o “Manto Sagrado” nos 90 minutos. Ora meus apaixonados amigos flamenguistas, você vai a campo pelo César Martins ou pelo “Manto Sagrado”? Bom, nos minutos finais, quando muita gente já tinha ido embora do estádio (cena corriqueira no nosso país quando um time está perdendo por um, dois ou dez gols de diferença), a bonita torcida do Fla, mesmo que uma pequena parte dela, grita “olé” a cada toque do vitorioso Coritiba, uma clara provocação ao... Flamengo!!! Onde está o amor? Acabou ali? Estava no Maracanã na vitória do Flamengo sobre o São Paulo por 2 a 1, e a torcida rubro-negra se manifestou de forma mais forte em quatro oportunidades muito bem definidas: quando saiu enfim um escanteio para o time aos 28 minutos do primeiro tempo depois de um início ruim da equipe, quando saiu o primeiro gol rubro-negro, quando saiu o segundo gol rubro-negro e no final do jogo quando a vitória estava garantida. A Nação não virou aquele jogo, ela cresceu na partida quando o time cresceu, na linha do que disse Osorio sobre as torcidas daqui: “O time tem que contagiar os seus torcedores”.

Fonte: Fox Sports

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