Apesar do carinho dos rubro-negros, das homenagens na Câmara de Vereadores e na Assembléia Legislativa, e do trabalho vitorioso, Jorge Jesus ainda não assinou a renovação de contrato com o Flamengo.
Mais, até: não deu certeza de que isso ocorrerá.
O técnico ouviu a oferta, fez ponderações, mas deixou a assinatura do acordo para depois do Mundial.
Marcos Braz, o vice de futebol, ficou animado.
Mas, como o objetivo é ter um 2020 sem sobressaltos, pelo sim, pelo não, já conversou com Jorge Sampaoli, antes do embarque para o Qatar.
E o avisou de que, se Jesus deixar o futebol brasileiro, ele (Sampaoli) é o escolhido para ocupar o cargo.
Jorge Sampaoli - Foto: Ivan Storti
A conversa no início da semana, no Rio de Janeiro, foi apenas mais um capítulo da "guerra fria" que rubro-negros e palmeirenses vêm travando desde que os dois clubes passaram a ser os de maior faturamento no país.
E se até então a diretoria do Palmeiras levava a melhor nas ações de mercado, em função da maior capacidade de investimento, o jogo agora se inverte.
Circula pelos bastidores do clube paulista a queixa de que Sampaoli mudou o patamar da negociação com os palmeirenses após conversar com Braz.
O mesmo estaria ocorrendo em negociações para a contratação do zagueiro Gustavo Henrique, do Santos, e do meia Pedro Rocha (ex-Grêmio), do Cruzeiro.
A cúpula paulista, de forma bem discreta, alega estar sendo atravessada em sondagens de mercado.
É o típico "chumbo trocado".
Lembro de casos bem alinhadas com o Flamengo que acabaram atropeladas pelo Palmeiras.
Como a do zagueiro paraguaio Gustavo Gomez, com o Milan, por exemplo.
Hoje, a política do Palmeiras é mais comedida.
E a capacidade de investimento do Flamengo é algo jamais visto no Brasil.
Por isso, a contratação de Vanderlei Luxemburgo, que antecipamos neste domingo (15), foi tida pelo presidente Maurício Galiotte como estratégica.
Novamente motivado, o técnico bicampeão brasileiro pelo clube (93/94), tetra do Estadual (93/94/96/08) recebeu o sinal de que era a bola da vez no Palmeiras.
E, imediatamente, pôs fim nas conversas para a renovação com o Vasco, com mensagem pelo zap.
Assinou seu contrato por dois anos no final da tarde do próprio domingo e ganhará R$ 600 mil por mês - metade do salário oferecido a Sampaoli.
O argentino, já com residência no Rio, aguardará a decisão de Jesus, para decidir seu próximo empregador...
Fonte: Gilmar Ferreira
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