terça-feira, 3 de abril de 2018

O Globo: Flamengo retorna sinal positivo de Renato Gaúcho



É unânime no Flamengo a necessidade de paz para seguir com o trabalho em 2018 após a onda de demissões no departamento de futebol.


E o técnico campeão da Libertadores surgiu com força para atenuar as críticas depois dos primeiros encontros da cúpula do clube.

Embora não haja consenso sobre um nome na Gávea, Renato Gaúcho recebeu os primeiros contatos e retornou com um sinal positivo para deixar o Grêmio, caso a proposta seja de no mínimo dois anos.

O Flamengo, então, se mexeu pela primeira vez e buscou informações financeiras sobre o candidato a substituto de Carpegiani antes de fazer uma proposta. Renato e seu auxiliar, Alexandre Mendes, custariam ao rubro-negro cerca de R$ 1 milhão por mês. No Grêmio, o treinador recebe R$ 700 mil. Mesmo valor que o Flamengo pagava a Rueda.

O desejo de Renato em voltar a trabalhar no Rio, cidade que frequenta quase semanalmente, pesa, mas as conversas oficiais só devem acontecer após a final do Estadual no Sul, no domingo. Para deixar o atual clube, o técnico precisa apenas pagar uma pequena multa e está liberado. O Flamengo não tem que negociar com o Grêmio. Na tentativa de ajudar a trazer Renato, até o nome de Valdir Espinosa surgiu para o cargo de coordenador, função que exerceu no clube gaúcho com o treinador.

Tempo de contrato é barreira

Com quatro títulos no Grêmio e promessa de estátua, o técnico ainda mora em um hotel e vê a chance de voltar ao Rio como nome de ponta e um salário dos mais altos do Brasil. No entanto, não teria a mesma carta branca com a qual montou um time e elegeu até dirigentes no clube gaúcho. Os cartolas rubro-negros sabem que a solução acalmaria a torcida, mas ainda não demonstram convicção sobre Renato ser uma opção que atenda ao processo de evolução do futebol profissional rubro-negro. Moderno, experiente e com resultados, não há muitos, é verdade, mas há prós e contras na mesa.

No clube carioca, a responsabilidade de encontrar um novo técnico é do quarteto que comanda o futebol: o presidente Eduardo Bandeira de Mello, o diretor-geral Fred Luz, o vice Ricardo Lomba e o diretor Carlos Noval. Por trás desse grupo, estão vice-presidentes, além de conselheiros e figuras políticas com influência no mercado. Quem decidirá sobre o novo treinador ainda não chegou a um consenso. Os vice-presidentes não participam, mas dentre as opções, preferem Renato. E há forte lobby por Cuca nos corredores da Gávea e entre torcidas.

Novo no cargo, Carlos Noval teve autonomia garantida, mas sofrerá pressão. Caberá ao presidente blindar o executivo na hora da escolha. O diretor elogiou o auxiliar Mauricio Barbieri, mas quem está acima dele indicou a preferência por um nome de peso. Há quem garanta, no entanto, que os cotados, Renato e Cuca, dificilmente serão escolhidos. A palavra de Bandeira será decisiva.

Cuca, pelo temperamento. Entre os motivos de Renato, estão a vaidade. O técnico teria que se adequar à filosofia do Flamengo, com decisões compartilhadas com a comissão técnica. E também responder ao novato Carlos Noval, que teria a missão de chefiar o treinador eleito o melhor da América. O tempo de contrato exigido, dois anos, também é uma dificuldade, já que há eleição no clube no fim de 2018. Apesar disso, Renato sabe que é o momento de um voo mais alto e deixou claro, nos bastidores, que aceita o desafio.

Fonte: O Globo



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