terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Kayke quer voltar para o Flamengo



Kayke não permanecerá no Santos em 2018, mas não quer deixar o futebol brasileiro.



O Peixe não exerceu a opção de compra do atacante, que estava emprestado pelo Yokohama Marinos, do Japão, clube que tem contrato até o fim de 2019.
Em entrevista ao GloboEsporte.com, Kayke fez um balanço de sua temporada no Santos, falou sobre a vontade de voltar a defender o Flamengo, seu time de coração, o desejo de permanecer no Brasil, além das suas expectativas para 2018.

GloboEsporte.com – Queria que você fizesse um balanço do seu ano... O que foi bom? O que poderia ter sido melhor? Ficou satisfeito com o desempenho?

Kayke – Individualmente foi um ano positivo. Comecei bem e, no decorrer do ano, de acordo com as oportunidades que tive, dei conta do recado na medida do possível. Claro que a gente não consegue fazer tudo sozinho. Quando o time estava muito bem, acompanhei o barco. Foram 17 jogos sem perder e eu estava na maioria deles como titular, joguei praticamente o primeiro turno todo do Brasileiro. Saio com a cabeça erguida, pela porta da frente. Acredito que deixo uma boa impressão e desejo sorte para o clube e para os que ficam para o ano que vem. Estarei sempre na torcida.

Querendo ou não, mesmo sendo reserva, você ganhou muitas chances no Santos. Acha que conseguiu corresponder às expectativas de quando você chegou?

– Na medida do possível, a gente busca fazer o melhor, mas depende do time, do momento. Sou centroavante. Se o time não estiver bem, o centroavante vai estar acompanhando. Se o time estiver bem, a bola chega melhor, temos mais chances. A probabilidade de fazer bem a sua parte cresce.

Entrei no time quando teve uma ascensão boa, ficamos 17 jogos sem perder e isso foi bacana. Foram 22 partidas como titular, nove gols. A gente procura fazer o melhor. Poderia ter tido uma sequência maior, mas faz parte. Saio satisfeito, sim, e certo de que fiz o melhor daquilo que poderia apresentar no momento com a camisa do Santos.

Você pretende continuar no futebol brasileiro? Chegou alguma proposta, alguma sondagem? Ou vai mesmo voltar ao futebol japonês?

– Com certeza, apesar de ter mais dois anos de contrato no Yokohama, a minha vontade é ficar aqui, em outro grande clube do futebol brasileiro. Estamos aguardando algumas situações, as conversas iniciais, algumas sondagens. Fiz um ano relativamente bom, individualmente falando. Isso traz bons frutos e vamos tentar colher da melhor forma possível.

Não depende só de mim, tem o meu clube no Japão, que tem que estar de acordo com tudo, mas a minha vontade é mesmo ficar aqui no Brasil. Se for possível vai ser maravilhoso, caso contrário eu tenho que estar preparado para voltar porque sou profissional.

Você foi revelado nas categorias de base do Flamengo, é adorado pela torcida de lá... Com essa indefinição do Guerrero, dá para sonhar com um retorno ao Rubro-Negro?

– Falando de Flamengo para mim é sempre especial. É um caso à parte. Quando você tem uma história no clube, uma identificação... Minha história é diferente, não é uma história de títulos e conquistas, mas tenho uma história de vida, fui criado lá dentro, passei minha infância, adolescência lá.

O Flamengo faz parte da minha história, da minha formação. Não tem como apagar. Isso é para sempre e vou estar sempre carregando comigo. E para o Guerrero a gente espera o melhor para ele, foi meu companheiro, se tiver a possibilidade de realmente eu voltar, independente de qualquer situação individual de jogador eu ficaria muito feliz.

Você se adaptou muito rápido ao elenco do Santos, à cidade... Como é deixar isso para trás e possivelmente voltar ao Japão?

– Foi uma adaptação muito rápida. Isso eu devo aos meus companheiros. A forma que fui tratado desde o inicio até o final do ano dentro do clube, pelos funcionarios, pelo estafe do Santos... Criei amizades, fiz amigos e vou levar isso para sempre. O Santos é um time e tem uma cidade que me marcou bastante. Minha família gosta muito de lá, meu filho estava superadaptado, estávamos felizes. Mas o futebol é assim, a gente tem que encarar de frente as coisas como são. Não vou continuar e tenho de seguir em frente.

A possível volta ao Japão também é encarada bem. Já conhecemos o ambiente, Yokohama é uma grande cidade, é uma cidade linda, se vive muito bem lá. Não tem nada negativo na minha volta para lá. A única coisa que acho é que a visibilidade no Brasil é muito maior. Esse é o principal motivo por querer continuar.

O que espera do seu 2018? O que fazer para ser um ano melhor que 2017?

– A gente tem sempre que melhorar. 2017 de certa forma foi bom, com seus pontos negativos como eu citei... A gente procura evoluir. Vamos manter o foco profissional. Foi um ano que não me machuquei, joguei 44 partidas no total, não tive lesão grave, isso muito pela dedicacão, pelo o que faço no dia a dia, é manter o foco, procurar evoluir para que 2018 seja melhor do que foi este ano.

Fonte: GE

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