sábado, 19 de setembro de 2015

Dívidas! Veja quanto o Fla e outros times devem para bancos, governo e outras dívidas.

Os 20 clubes da primeira divisão nacional, com Botafogo no lugar da Chapecoense, somam R$ 4,09 bilhões em dívidas. De 2010 até 2014, esse número cresceu sempre entre 20% e 25% por ano, apesar de as receitas já terem estagnado há duas temporadas para a maioria. Alguns times se enrascaram mais, outros menos. Mas a análise, se parar na evolução do endividamento bruto, não diz tanta coisa, porque há dívidas ruins e dívidas muito ruins. Por isso ÉPOCA pediu ao Itaú BBA, que divulgou nesta semana estudo sobre as finanças do futebol brasileiro, para detalhar as dívidas de cada time.

A dívida se divide em três: bancária, fiscal e operacional.

A bancária, como o nome sugere, tem a ver com todos os empréstimos que o cartola tomou e ainda não pagou. É a dívida mais perigosa, porque dela são cobrados juros mais agressivos. Se não for quitada, vira uma bola de neve. É perigosa também porque, para consegui-la, o clube dá como garantia as receitas mais fáceis de projetar, como cotas de televisão ou patrocínios. Atlético-PR, Atlético-MG, Joinville, Palmeiras e São Paulo são os que correm mais esse risco, pois a maior parte de suas dívidas são bancárias.

A fiscal está relacionada a impostos. É o caso do dirigente que ignorou tributos, crente de que político nenhum teria coragem de fechar um time de futebol, e agora tem de se virar para aderir ao Profut, senão fica sem patrocínio da Caixa. Continua a ser o endividamento menos preocupante, ainda mais depois que a o governo permitiu parcelar os débitos em 20 anos. Quem deve muito imposto só tem de obedecer a algumas poucas regras impostas pelo Profut e pagar o que deve em suaves prestações. Estão nesta turma Botafogo, Corinthians, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Goiás, Ponte Preta, Sport e Vasco, nos quais as dívidas fiscais são maiores do que as demais.

A operacional é composta por todos os pagamentos de curto prazo. Aí entram salários de jogadores, pagamentos a fornecedores, aquisições de atletas. É das três a dívida mais preocupante, sobretudo para clubes que não têm dinheiro para entrar, porque o vencimento está logo ali. Grêmio, Internacional e Santos encabeçam.

Na soma das dívidas dos 20 clubes, a fiscal é maior (R$ 1,64 bilhão), seguida pela bancária (R$ 1,35 bilhão) e pela operacional (R$ 1,08 bilhão). 

Fonte: Época

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