sexta-feira, 11 de maio de 2018

Fla desiste de operação com recursos de Vizeu e renegocia dívida por Cirino



A alta dívida pela contratação de Marcelo Cirino, feita por intermédio do fundo Doyen, não será mais quitada com a antecipação do crédito da venda de Felipe Vizeu, atacante negociado com a Udinese.


A diretoria do Flamengo renegocia os valores com a Doyen, mas confia em conseguir novo desconto - mais de quatro meses depois do prazo limite da dívida. Hoje, o débito total gira em torno de R$ 20 milhões.

O Rubro-Negro tenta abatimento dos valores, que, desta vez, deve ser menor do que na outra oportunidade.

Em março, a proposta da operação foi levada ao Conselho Deliberativo, mas gerou críticas – por tratar-se de verba que seria recebida na próxima administração, depois do fim da gestão Bandeira - e pedidos de mais informações entre conselheiros. O Rubro-Negro vendeu Felipe Vizeu por R$ 20 milhões, em quatro parcelas. Duas delas chegam aos cofres rubro-negros em 2019 e 2020.

Bandeira, que defendeu a operação pelos recebíveis de Vizeu em entrevista ao GloboEsporte.com, em março, previa "resultado positivo" de R$ 4 milhões a R$ 6 milhões da operação porque havia negociado “desconto muito grande” com a Doyen.

O assunto voltou à tona na reunião de aprovação do balanço financeiro de 2017 e ainda deve passar pelo Conselho Deliberativo para ser aprovado. Entre os recebíveis - dinheiro a entrar no caixa rubro-negro mais à frente -, estão verba de direitos de transmissão, recursos da venda do atacante Hernane (negociado em 2014, mas que ainda atravessa fases e mais fases de recursos e atrasos de pagamento do Al Nasr, denunciado à Fifa) e outros, como a última parcela do Real Madrid por Vinicius Junior (previsto para ser quitado na saída do atacante ou até janeiro de 2019).

O Flamengo não comenta o caso, mas a negociação está em curso. Não está descartado o uso de outro fundo de investimento para quitar a dívida, repetindo operação semelhante à que foi cancelada no caso Vizeu.

O clube garante que não vai ter dificuldades para quitar o débito com o fundo Doyen. Em 2018, um recurso extraordinário já entrou, com a venda do meia-atacante Everton ao São Paulo. O que quer dizer que o clube vai fazer menos pedidos de empréstimo do que previa.

Relembre o caso:

Quando contratou Cirino, no fim de 2014, o Flamengo, no acordo assinado com o fundo de investimento, se comprometeu a pagar 3,5 milhões de euros, mais 10% de juros ao ano, caso a Doyen não recuperasse o que investiu até 31 de dezembro de 2017 - ou seja, para o caso do atleta não ser vendido. O que de fato não aconteceu.

Fonte: Globo Esporte

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