segunda-feira, 22 de maio de 2017

Por Berrio e Cuéllar, Flamengo gastou valor do trio Elias, Otero e Cazares do Atlético/MG



Depois de passar três temporadas sanando dívidas e realizando contratações modestas, o Flamengo iniciou a temporada passada com banca de ser uma das grandes potências econômicas do futebol brasileiro.



E o mercado sul-americano foi o principal alvo do Rubro-Negro.

Prova disso, foram as contratações dos argentinos Mancuello e Donatti, do colombiano Cuéllar, além do peruano Paolo Guerrero, este último o mais badalado de todos.

A tônica em 2017 não foi diferente. Sem conquistas no ano anterior, o time da Gávea gerou a expectativa de ser um dos favoritos a 'papa-títulos' no certame após o anúncio de novos gringos: Trauco, Berrío e Conca. No entanto, o que se viu até o momento foi apenas o título carioca e uma eliminação vexatória na Copa Libertadores.

Diante deste cenário, algumas perguntas vêm à tona. Uma delas é: o Flamengo investe bem o dinheiro em contratações? Homem forte do futebol, Rodrigo Caetano é quem tem a função e responsabilidade de olhar para o mercado e contratar reforços para a formação do elenco que possui uma das maiores folhas salariais do futebol nacional. Analisando as transações feitas por ele, e fazendo um recorte apenas dos jogadores sul-americanos - seu carro forte -, os investimentos realizados pela trupe de Eduardo Bandeira podem ser classificados como, no mínimo, medianos. Isso porque dos sete gringos do plantel apenas Guerrero e Trauco são unanimidades entre os torcedores e pela parte técnica apresentada. Conca ainda não estreou. Os demais, que custaram cerca de R$36 milhões aos cofres rubro-negros, em nenhum momento se firmaram entre os titulares.

Mancuello
R$ 12 milhões - Vindo do Independiente

Com status de contratação de peso, chegou ao clube no início da temporada passada e custou 12 milhões de reais. Ídolo do Independiente e credenciado por convocações à seleção argentina, o meia entra e sai do time titular e até do banco de reservas - o jogador foi preterido de ser opção no decorrer de algumas partidas por Zé Ricardo. Essa alternância de maus e bons momentos tirou a paciência da torcida, que vaiou o camisa 22 no duelo diante do Universidad Católica, por exemplo.

Cuéllar
R$ 8 milhões - Vindo do Deportivo Cali

Apontado como uma grande revelação do futebol colombiano, o volante quase acertou com o Cruzeiro, mas, de última hora, acabou desembarcando no Rio de Janeiro com custos de R$ 8 milhões. Também fazia parte da seleção de seu país, mas não repetiu as atuações que tivera no Deportivo Cali. Há pouco mais de um ano no Flamengo, pouco fez.

Donatti
R$ 5 milhões - Vindo do Rosario Central

Veio com a missão de ser o xerife da zaga rubro-negra no final da temporada passada. No entanto, uma atuação desastrosa diante do Figueirense pela Copa Sul-americana tirou a confiança do jogador que só voltou a ser titular em 2017. Todavia, com uma lesão na coxa, o defensor só tem sido visto no departamento médico nas últimas semanas. Foram desembolsados R$5 milhões pelo argentino.

Berrío
R$ 11 milhões - Vindo do Atlético Nacional

Último a chegar. Era o ponta que o Flamengo tanto precisava para atender às necessidades do esquema do técnico Zé Ricardo - com dois jogadores abertos pelos lados. Campeão da Libertadores com o Atlético Nacional e apontado como um dos atacantes mais velozes do futebol mundial, o colombiano, até o momento, só corre. Os R$ 11 milhões investidos no atleta, com aparente grande deficiência técnica, não soam como bom negócio.

Não há dúvidas de que, com tanta força econômica, o Flamengo poderia ir ao mercado e agregar mais qualidade ao elenco do que foi colhido até agora. Olhando para a 'grama do vizinho'- leia-se times apontados como principais concorrentes do Rubro-Negro em uma possível briga pelo título -, o Atletico-MG gastou 8 milhões por Elias, mesmo valor pago pelo Fla por Cuellar, da mesma posição. Os gringos Otero e Cazares, jogadores de confiança do técnico Roger Machado, juntos somam R$ 11 milhões em investimento, idêntico ao preço de Berrío e abaixo da oferta por Mancuello. Ainda em Minas Gerais, O Cruzeiro só arcou com luvas e salários por Thiago Neves, que joga pelo lado direito, posição carente do Mengo, na tática de Mano Menezes.

Atual campeão brasileiro, o Palmeiras não é tanto parâmetro, já que seu patrocinador - a Crefisa, empresa de crédito pessoal - goza de valores irreais para o futebol brasileiro. Entretanto mesmo com os cerca de R$ 50 milhões pagos por Borja e Guerra, Alexandre Mattos se acertou com o Cruzeiro e levou Willian Bigode, artilheiro do time na temporada, para o Palestra. Certamente trata-se de um jogador com características necessárias para o time de Zé Ricardo.

Apesar dos insucessos com os gringos e um aproveitamento de mercado pior do que ao da 'concorrência', Rodrigo Caetano, ao que parece, segue com carta branca para os negócios na Gávea. Justiça seja feita, o dirigente acertou a mão em algumas aquisições: Réver, Willian Arão e Diego, por exemplo, são incontestáveis e titulares absolutos no time, no entanto, não foram o bastante para conseguir levar o Flamengo ao mata-mata da Libertadores. Para o restante da temporada, reforços já estão à vista. Os nomes na mesa de especulações são Rhodolfo, zagueiro do Besiktas, e Éverton Ribeiro, meia do Al-Ahli. O Rubro-negro ainda disputa Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Primeira Liga. É esperar para ver o que futuro reserva para Rodrigo Caetano e Flamengo em 2017.

Fonte: Esporte Interativo

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