quinta-feira, 19 de março de 2020

Levantador do Michael, Berrío recusa 3ª proposta e 'desespera' o Flamengo


Com as chegadas dos reforços para o setor ofensivo em 2020, Berrío perdeu espaço, não vem sendo utilizado por Jorge Jesus e está tampando buraco na lateral direita.

Porém, mesmo assim, o atacante de 29 anos já foi procurado por três clubes e rejeitou todos. Os times que demonstraram interesse oficialmente foram: Tijuana, do México, Coritiba e Cruzeiro.

Berrío chegou ao Flamengo em 2017, após conquistar o título da libertadores em 2016 pelo Atlético Nacional. Na ocasião, o Rubro-Negro desembolsou US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 11 milhões pela cotação na época) e pode ver o atacante sair de graça em dezembro. Como o atual vínculo vai até o fim de 2020, o colombiano estará livre para assinar pré-contrato no meio do ano com qualquer clube.

Os dirigentes atuais sabem que Berrío não quer deixar o Flamengo, mesmo não sendo relacionado na maioria dos jogos, e há consenso que a chance é grande de o jogador sair de graça. Mas, mesmo correndo esse risco, a cúpula rubro-negra não irá fazer um negócio que não seja vantajoso.

Relembre as procuras por Berrío:

O desejo mais forte foi o do Tijuana, que chegou a fazer propostas oficiais ao Flamengo. No primeiro momento, a oferta foi de compra de 100% dos direitos econômicos. O Rubro-Negro gostou dos números apresentados, que era de US$ 2 milhões, cerca de R$ 8 milhões, e deu o aval para as tratativas prosseguirem, mas o atleta não gostou do salário.

Ciente que os valores não agradaram a Berrío, o Tijuana decidiu mudar a estratégia. Elevou o salário para o jogador, mas mudou a oferta para o Flamengo e sugeriu empréstimo de um ano com compra obrigatória em contrato, caso o atacante cumprisse uma meta: entrar em campo em 75% dos jogos oficiais da equipe mexicana. O valor estabelecido seria de US$ 1 milhão, em torno de 4 milhões de reais, por 50% dos direitos econômicos. Ou seja, metade da primeira proposta.

O Flamengo não gostou da porcentagem estabelecida pelo Tijuana e sugeriu 45% dos jogos oficiais como meta para Berrío ser comprado. Os mexicanos não aceitaram e avisaram que desistiram da contratação, mesmo com a vontade do treinador Gustavo Quinteros em ter o colombiano.

“Ele é um bom jogador, tem características que queremos adicionar à equipe, sempre pensando em fortalecer, melhorar e ter variantes, ter jogadores que possam jogar dentro dos dois sistemas que queremos, fazendo-o bem", disse Gustavo em coletiva.
Coritiba e Cruzeiro também ouviram "não":

A primeira tentativa do Coritiba em ter Berrío foi ainda em dezembro de 2019. Na ocasião, a diretoria se assustou com o salário do colombiano, já que sonhava com a contratação por empréstimo, assumindo os compromissos do atleta, e depois desistiu.

O nome de Berrío voltou à pauta no Coritiba em fevereiro. O diretor Rodrigo Pastana, em contato com o jornal O Dia, confirmou que voltou a tentar a contratação do colombiano, mas o jogador não demonstrou interesse.

"É verdade (que voltou a tentar a contratação). Foi há dez dias, mas novamente não avançou", disse Pastana à época.

Por último, foi a vez do Cruzeiro. Há poucos dias, a Raposa demonstrou interesse em Berrío e entrou em contato com o Flamengo, que aconselhou a diretoria mineira a procurar o jogador, já que ele já havia rejeitado propostas anteriores de outros clubes.

Após consultar o representante do atacante, o Cruzeiro ouviu que Berrío não tem interesse em sair do Flamengo neste momento, a não ser que seja uma proposta de três anos. Como o atacante tem vínculo com o Rubro-Negro até dezembro, a diretoria mineira preferiu não abrir negociações e desistiu do jogador.

"Tentamos, sim, a contratação de Berrío. Primeiro falamos com o Flamengo, que me disse para procurar o jogador e foi o que fizemos. Falamos com o representante do jogador, que se chama Fábio, e ele me disse que só tem interesse se for um contrato de três anos em definitivo, o que não nos interessa agora porque ele tem esse tempo de contrato para cumprir no Flamengo", disse Ocimar, dirigente do Cruzeiro, ao jornal O Dia.

Fonte: Venê Casagrande

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