sábado, 9 de setembro de 2017

Casagrande se diz surpreso com atitude da torcida do Flamengo na final



Na última quinta-feira, 56.135 torcedores pagaram ingresso para assistir no Maracanã à primeira partida da decisão da Copa do Brasil, entre Flamengo e Cruzeiro. 


A imensa maioria foi de torcedores rubro-negros.


Mas chamou a atenção de muitos no estádio que, em determinados momentos da final, o coro dos visitantes cruzeirenses, em número bem menor, se sobrepôs às vozes dos flamenguistas. 

O comentarista da TV Globo Walter Casagrande se surpreendeu com o fato. Com a experiência de ter enfrentando muitas vezes o Flamengo nos anos 80, quando defendia o Corinthians, e ter vestido a camisa do Rubro-Negro carioca em 1993, Casagrande lembrou que esse comportamento aparentemente menos vibrante da torcida do Fla no Maracanã não acontecia no passado.

- Inicialmente, a festa foi a de sempre. Antes do jogo, mosaico maravilhoso, as canções do Flamengo, aquele negócio de arrepiar. Foi igualzinho (a antigamente). Mas achei que, em certo momento da partida, a torcida do Cruzeiro começou a dominar o espaço. Isso, que eu me lembre, nunca aconteceu no passado. Desde que eu jogava contra o Flamengo, no grande time do Zico, Adílio, era sofrido chegar lá (no Maracanã). Os torcedores cantavam 90 minutos no Maracanã, era muito difícil. E na época em que joguei pelo Flamengo era a mesma coisa.

Casagrande: torcedores de hoje são menos pacientes e vibram menos

Para o comentarista, a mudança de perfil dos torcedores que vão aos jogos ocorrida com a modernização de muitos estádios - e o consequente aumento dos preços dos ingressos - tem relação direta com essa alteração de comportamento nas arquibancadas. E não apenas em relação à torcida do Flamengo.

- Acho que realmente está mudando o perfil dos torcedores no futebol brasileiro desde quando fizeram as arenas e os ingressos ficaram mais caros. O próprio Tite falou que é diferente a torcida do Corinthians da Arena (em Itaquera) com a do Pacaembu. E é mesmo. A torcida agora é menos paciente, mais chata e não se une tanto com o time (como antes). No Pacaembu, em determinados momentos, parecia que estava todo mundo dentro do campo jogando com você. Agora não está mais acontecendo isso.

Fonte: Sportv

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