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Pela segunda vez, o Flamengo ficava frente a frente com um time gaúcho na final do Campeonato Brasileiro. Depois de um início irregular, o Flamengo embalou no mata-mata, despachou o favorito Atlético-MG e foi pra decisão.
FLAMENGO: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Aílton e Zico (Flávio); Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho. Técnico: Carlinhos
Apenas 16 times disputaram a Copa União, símbolo da ruptura entre a CBF e o recém-fundado Clube dos 13. O título ficou com o Flamengo, que recusou um cruzamento com os times do Módulo Amarelo. Para os 13, o melhor havia sido escolhido ali.
No entanto, ainda há muita polêmica sobre o grande campeão de 1987. Como o Rubro-Negro, campeão de fato e de direito, apoiado pelo Clube dos 13, se recusou a enfrentar times de uma “segunda divisão” baseado em regulamento que foi alterado durante a competição, a CBF reconhece o Sport Recife, campeão do Módulo Amarelo, como o dono do título. Mas, quem pôde assistir ao campeonato e ao desenrolar da história, sabe que este troféu é do Flamengo e de mais ninguém.
O Jogo
Mal o juiz apitou o fim da partida, Zico saltou do túnel, de onde torcera os últimos minutos depois de ter sido substituído, e abriu um sorriso. Sai então a abraçar todos, como fosse um adolescente que havia conquistado seu primeiro título.
Zico, o melhor jogador da história do Flamengo, não foi o mais brilhante da vitória de 1×0 sobre o Inter. A exemplo das outras três decisivas partidas da competição, ele não era o pulmão, e sim cérebro e olhos da equipe. A torcida saiu, sim, indiferente à chuva que desde cedo tentou enfeiar a festa – como se isso fosse possível num dia em que o Flamengo decide o título.
Reza a superstição que, quando o urubu lançado pela torcida cai em mãos do inimigo, o título vai pro espaço. Foi assim em 1983, no Fla-Flu decisivo do Carioca. O bicho aterrisou nas mãos do lateral Ado e deu Fluminense. No ano seguinte, outro Fla-Flu que valia o caneco, e o bicho acabou sendo abatido pela torcida tricolor: Flu bicampeão. Domingo, porém, quando o urubu pousou perto de Taffarel, no início do jogo, quem o recolheu? Renato Gaúcho.
Não foi por aí, porém, que o dono da festa impôs seu futebol. “Jogamos num estilo alegre, bem brasileiro”, saboreava Carlinhos. Sempre com a bola no chão, movimentação e passes consistentes, sem pressa, mas rápido, o Flamengo tratou de ir prensando o Inter contra a sua área. Até sair o gol urubu. “Ainda não entendi”, reclamava Taffarel, no final. “Fui certo de que abafaria aquela bola. De repente, surgiu o pé do Bebeto.”
“Pensei que passaríamos trabalho no segundo tempo”, rememorava Zico. “Só que a reação do Inter não nos assustou.” Por quê? Porque o time gaúcho não tinha força suficiente – e essa é quase que sua única arma – e também porque o Flamengo não desmentiu Ênio Andrade. O técnico colorado, consciente de que treina um time limitado, elogiava o de Carlinhos pela seriedade com que passou a marcar a partir do segundo turno.
Bebeto, esse era a imagem da emoção – e agora as lágrimas que lhe valeram o apelido de “chorão” tinham razão de ser. “Dedico o gol e o título à Denise, minha mulher”, soluçava ele, segurando a calculadora que ganhara de uma rádio como prêmio.
O mesmo fez o garoto Leonardo, que, também em prantos, balbuciava: “Quando eu deixei os juniores e estreei, na abertura da Copa União, a torcida mal sabia o meu nome.” O contraste absoluto estava nas palavras do grande Leandro, que até poderiam soar um tanto cruéis. Segundo ele, certos jogadores do Inter sentiram demasiado o berro do Maracanã. “Não vou citar nomes, mas alguns tremeram. Pareciam petrificados”, dizia. Não era crueldade. No silencioso vestiário colorado, dois jogadores, Norberto e Luís Carlos, confirmavam essa constatação. “Faltou personalidade a alguns, e nem vou alegar a pouca idade, pois o cara deve ser macho desde guri”, desabafava o capitão Luís Carlos.
Não, Zico não foi o mais brilhante. Mas foi o cérebro e olhos. Um capitão. Um indispensável condutor de craques. Aos 34 anos, o herói de sempre.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 1 X 0 INTERNACIONAL/RS
INTERNACIONAL/RS: Taffarel, Luís Carlos Winck, Aluísio, Nenê e Paulo Roberto (Beto); Norberto, Luís Fernando e Balalo; Hêider (Manu), Amarildo e Brites: Técnico: Ênio Andrade.
Gol: Bebeto, 16' do 1º tempo
Local: Maracanã
Data:
13 de dezembro de 1987
Árbitro: José de Assis Aragão
Público: 91.034
Renda: Cz$ 20.452.800
Cartão Amarelo: Aluísio (INT) e Edinho (FLA)
Fonte: www.flamengo.com.br
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