quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Algoz do Cruzeiro nos pênaltis, goleiro paraguaio passa a receita para Alex Muralha do Flamengo



"Alô, é do Clube Nacional do Paraguai? Gostaria de falar com Santiago Rojas, o goleiro... Sim, posso anotar o número".



Com uma pequena dose de exagero (não muita), este é o rápido protocolo a ser cumprido para conversar com um dos maiores pegadores de pênalti do futebol sul-americano em 2017.

Rojas, apelidado de "El Kili", é conhecido como um sujeito simples e humilde, mas capaz de grandes feitos - como defender sete em 12 penalidades máximas que teve contra si neste ano. Três dos pênaltis que não entraram foram contra o Cruzeiro, na primeira fase da Copa Sul-Americana, eliminando o time mineiro - pesadelo que a Raposa não quer que se repita na noite desta quarta-feira, contra o Flamengo.

Se a final da Copa do Brasil for para os pênaltis, Rojas acredita que até o contestado Alex Roberto pode viver seus dias de herói. Para o goleiro paraguaio, tudo se resume a um mantra: confiança. Pelo menos é assim que ele diz ter conseguido defender tantos pênaltis neste ano. No futebol sul-americano, só o botafoguense Gatito Fernández - também paraguaio - tem aproveitamento melhor, com oito defesas em 13 cobranças.

- Meu conselho é que ele tenha confiança. Creio que é a melhor maneira. É importante que receba confiança de todos. Para meus companheiros, por exemplo, sempre digo: 'preocupem-se em converter porque eu vou agarrar os pênaltis'. Tudo isso para deixá-los mais confiantes! - exclama Rojas.

A simplicidade de 'El Kili' parece feita sob medida para o Nacional, cujo maior feito foi o vice-campeonato da Libertadores de 2014. Nas oitavas de final da Sul-Americana, a mãe de Rojas viajou de ônibus com torcedores do Nacional até La Plata, na Argentina, para assistir ao jogo contra o Estudiantes, vencido pelos paraguaios por 1 a 0. De origem humilde, Rojas, de 21 anos, pouco aparece fora de campo mas se agiganta dentro dele, segundo o jornalista paraguaio Pedro Lezcano, do diário "Última Hora".

- É um goleiro muito bom, tem presença, fala bastante dentro de campo. São características muito parecidas às de Chilavert - diz Lezcano, referindo-se ao maior goleiro da história do Paraguai.

As semelhanças com Chilavert, que marcou 62 gols na carreira, não se resumem ao desempenho debaixo das traves. 'Kili' também gosta de se aventurar batendo pênaltis, e com aproveitamento ainda melhor: nos seus cálculos, já marcou sete gols em sete cobranças na carreira. Na disputa de penalidades contra o Cruzeiro, por exemplo, ele deixou sua marca deslocando o goleiro Rafael.

- Sempre assisto ao futebol brasileiro, as torcidas são muito bonitas. Gostaria de jogar no Brasil algum dia - sonha o goleiro paraguaio.

Fonte: Extra

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