Nesta sexta-feira (31) foi divulgado o balancete com o Resultado Financeiro do clube no segundo trimestre deste ano.
Para transformar os números e termos técnicos em uma explicação mais clara aos olhos dos torcedores leigos no assunto, o vice-presidente de Finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, falou ao Site Oficial e fez uma análise do documento.
"Tivemos um primeiro semestre muito bom, quebramos recorde em relação ao ano passado. Neste trimestre, tivemos uma receita 26% superior (junho/2015: 208.951 x junho/2016: 165.604), um superávit superior na mesma proporção (junho/2015: 47.481 x junho/2016: 37.802). Reduzimos o endividamento do clube em R$ 64 milhões em relação a 2015. E também aumentamos o investimento. Além dos investimentos em ativo mobilizado, como a nova piscina olímpica do clube e as reformas no CT, que se aproximam da data de entrega, investimentos também no elenco do futebol", disse.
Segundo o dirigente, o Flamengo segue "absolutamente nos trilhos" em meio à recessão da economia nacional e afirma que a crise também mostrou um lado positivo.
"Quitamos uma série de dívidas antigas, como os casos do Ronaldinho e do Consórcio Plaza, antecipamos o pagamento da dívida com a Odebrecht. E antecipamos esses pagamentos porque financeiramente se mostraram oportunidades importantes. A crise acabou nos propiciando uma certa vantagem na negociação das dívidas. Tivemos oportunidades de quitá-las por taxas muito interessantes para o Flamengo e isso também ajudou muito o balanço. A situação do país ainda é delicada, a do Flamengo também, mas os passos dados indicam que vamos ultrapassar todos os obstáculos e atingir os objetivos com os quais nos comprometemos desde a primeira eleição", explicou.
Pracownik ainda chamou atenção para uma nova fase do Flamengo que, segundo ele, está deixando de ser apenas um clube em recuperação e controle de dívida para passar a ser superavitário de maneira consistente - e essa mudança passa por novos investimentos.
"É importante que se esclareça uma coisa sobre o medo das pessoas com contratações de peso do clube. A minha visão como executivo do mercado financeiro é de que atuamos em duas frentes importantes na recuperação de uma empresa. Primeiro a recuperação da credibilidade - pagando dívidas, mostrando capacidade de pagamento - cortando despesas e conseguindo crédito no mercado novamente. E então, em determinado momento, chega a hora de dar um passo maior, assim como em qualquer indústria. O Flamengo agora, para que possa dar uma guinada, não ser só um clube em recuperação e em controle de dívida para um clube superavitário de maneira consistente, deve passar por investimentos. Investimos nos esportes olímpicos, no Ninho do Urubu, em atletas de futebol... E temos a expectativa de que esses investimentos nos trarão retorno. Nossos dividendos são as nossas vitórias, nossos títulos, uma bela área social. Assim teremos mais atletas, torcedores satisfeitos. Nossa base sólida financeira e nossa credibilidade nos deixam prontos para investir e trazer novos frutos para a torcida, os associados e atletas", afirmou o vice-presidente, que também garantiu que o caminho da austeridade e da responsabilidade não tem volta.
"O Flamengo nunca vai deixar de pagar suas dívidas. O fruto que colhemos é a credibilidade. E agora fazemos novos investimentos para novos frutos, com muita inteligência financeira, parcimônia e otimismo", finalizou.
Fonte: Site Oficial do Flamengo