Na última semana o clube uruguaio Peñarol inaugurou sua nova arena, chamado de “Campeón del Siglo” (Campeão do Século). Assim, aposentou de vez o Estádio Centenário, dividido com diversos outras equipes, como o rival Nacional, e o obsoleto Las Acacias. No Brasil, o Flamengo, agora sem estádio para jogar, segue seu calvário em busca de um local.
Inaugurado há 98 anos e com capacidade para 12 mil pessoas, o Estádio de Las Acacias, primeiro do Peñarol, há anos passou a ser usado apenas pelos reservas. Desde então começou a dividir o Centenário com diversos clubes. Semelhante ao que ocorre com o Flamengo nos Estádios da Gávea e Maracanã, por diversas vezes era cobrado por não ter um local exclusivamente seu quando os espaços estavam indisponíveis. Mas as semelhanças param por aí.
Por aqui, o Flamengo chega a 2016 sem quase nenhuma perspectiva de ter um estádio próprio. Sequer um projeto há para isso. Fala-se em arenas, revitalizações para a Gávea e até assumir o Maracanã. Nenhuma ideia concreta. E agora, sem nem mesmo poder jogar em sua própria cidade, a questão volta: Quando a torcida poderá entrar em seu estádio? A diretoria atual é formada por executivos de sucesso em diversas áreas e conseguiu não só estabilizar o lado financeiro, como reverter aos poucos os déficits de anos com administrações anteriores irresponsáveis. Mas mesmo assim, ainda não conseguiu um plano para tirar do papel o sonho.
A Arena das Dunas, estádio com menor valor entre os absurdos gastos da Copa de 2014 e com capacidade para 45 mil pessoas, custou R$ 400 milhões, quase um terço do “Campeón del Siglo”. Será que com tantos nomes empresariais de peso à frente do clube e com os números muito superiores aos uruguaios, não se consegue em seis anos a viabilização sequer de um projeto? Desde 2009 já se sabia que o Flamengo não teria local para jogar este ano, mas pouco se fez. A torcida e o clube vão ficar quantos anos mais vivendo à ilusão da espera de um estádio?
Fonte: Goal
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