A expressão resignada de Muricy Ramalho após as duas eliminações rubro-negras no ano — Liga Sul-Minas-Rio e Estadual — mostra um comportamento diferente do que caracterizou o treinador em outros clubes. A falta de indignação e até irritação tem uma explicação: o foco do departamento de futebol é a Libertadores-2017.
A diretoria do Flamengo já havia inicialmente deixado o Estadual de lado e anunciou que colocaria time reserva. Depois de mudar os planos, acumulou a competição com o real objetivo deste semestre, a Liga. A queda no torneio amistoso coincidiu com o início da disputa da Copa do Brasil, que é prioridade para voltar ao torneio sul-americano.
Mas na Gávea só se fala no Campeonato Brasileiro e na expectativa sobre Muricy na competição da qual é tricampeão com o São Paulo e campeão com o Fluminense. Por isso ele será cobrado.
Direção não cumpre promessa de campanha
A revista da candidatura do presidente Eduardo Bandeira de Mello à reeleição anunciava “lutar por título sempre”. Passado quase um semestre, o Flamengo foi eliminado do Estadual e da Sul-Minas-Rio — e escapou de um vexame histórico na Copa do Brasil.
Além de não dar conta da promessa, a diretoria coleciona falhas de planejamento. A demora em definir uma casa que substituísse o Maracanã é a principal, já que as viagens cansaram o time.
Executivo dos mais bem pagos do país, Rodrigo Caetano fez contratações de retorno questionável. Foram dez neste ano, entre titulares e alguns jogadores que nem foram aproveitados: Muralha, Rodinei, Juan, Antonio Carlos, Arthur Henrique, Chiquinho, Cuéllar, Arão, Mancuello e Fernandinho. Fora a renovação com Sheik, Marcio Araújo e Wallace em 2015.
Outra marca da diretoria é a falta de pulso: não houve punidos no caso do “Bonde da Stella”, no ano passado, e ninguém registrou queixa contra os invasores ao Ninho do Urubu, em março.
Fonte: Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário