Muito satisfeita com o Maracanã e de olho na futura concessão por 35 anos, a diretoria do Flamengo não quer nem saber de construção de um estádio próprio.
Seria uma decisão muito ruim economicamente, na visão do presidente Rodolfo Landim.
Como ponto de partida, o Fla considera que há um hábito do torcedor de frequentar o Maracanã. O acesso é fácil, numa área central do Rio. Hoje, o Flamengo não enxerga um local disponível adequado para construção de estádio.
Mesmo se fosse em uma área mais simples da cidade, a estimativa para uma arena criada do zero é de um custo de R$ 12,5 mil por assento. Para 60 mil pessoas, a obra já demandaria R$ 750 milhões. Isso em uma estrutura sem muito luxo. Se acrescentar preço de terreno, Landim aposta que a operação alcançaria R$ 1 bilhão.
O Flamengo pondera ainda o alto custo financeiro dessa operação estádio (embora a taxa de juros esteja menor no Brasil). Ou seja, o endividamento poderia impactar no fluxo de caixa do clube, minando investimentos em jogadores para disputa de títulos. O Fla fechou 2019 com endividamento líquido em R$ 505 milhões, R$ 115 milhões a curto prazo. No longo prazo, boa parte corresponde ao Profut, com parcelamentos alongados e equacionados.
Diante de tudo isso, a estratégia é esperar os próximos passos dados pelo governo do Rio para fazer a licitação. O Fla entregou a Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) e não vê um cenário no qual não faça parte da gestão do estádio. Todo esse raciocínio foi trazido por Landim via FlaTV.
Em 2019, o Flamengo arregadou R$ 175,4 milhões na operação de jogos - ou seja, 18,5% da receita total (R$ 950 milhões). Em bilheteria, foram R$ 109 milhões. Com sócio-torcedor, R$ 61,6 mihões. Outras receitas de estádio renderam R$ 4,7 milhões.
Fonte: O Globo
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