Até a última sexta-feira (10 de julho), Felipão não tinha sido procurado pelo Benfica.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa que cuida da carreira do treinador brasileiro.
Ocorre que o time português pode ter no ex-técnico do Palmeiras uma saída para o seu desespero caso não consiga tirar Jorge Jesus do Flamengo.
Entre Benfica e Jesus, os olhares foram se cruzando até esquentar na semana que passou, com o clube de Portugal abrindo mão de sua conduta recatada e partindo para cima do técnico com todas as suas forças. Elenco por elenco, o do Flamengo é melhor. Se jogassem dez vezes, o Flamengo ganharia as dez. Mas o coração de Jesus é português e talvez ele tivesse de vir para o Brasil para voltar com mais carisma para sua gente. O dinheiro, dizem, também é maior no Benfica, mas recentemente, ele rejeitou uma proposta para ser o treinador mais bem pago do mundo.
Este ano, o time não vai ganhar o Campeonato Português, destinado ao rival Porto, ao que tudo indica. Isso faz com que a diretoria do Benfica se coce de modo a ter um comandante de peso para enfrentar o adversário na próxima temporada e responder à altura para sua torcida o fracasso do ano. Jesus seria o cara.
Sem ele, Felipão pode entrar na lista do time de Lisboa. Desempregado, Felipão tem as referências que o clube português quer: experiente e cascudo, que domine o vestiário e tenha comando, além, claro, conquistas no currículo. Felipão ficou cinco anos em Portugal com a seleção. Mudou a condição do time nacional na Europa. Tem um filho que mora em Portugal e torce para o Benfica. Portanto, se chamar, ele vai. No Brasil, Felipão não quer mais trabalhar. Não nesse momento. Tudo pode mudar no futebol, mas sua intenção é trabalhar fora mais uma vez.
O Benfica teve em Bruno Lage uma experiência que não aprovou. Ele era técnico do time B. Foi efetivado, ganhou fôlego, mas não se sustentou. Parte para um treinador mais cascudo. Isso aconteceu como alguns times do futebol brasileiro também, com a nova geração que não deu certo. Poucos sobreviveram.
Fonte: Estadão
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