A festa na cidade grega de Tessalônica, que começou no último domingo, ainda não teve fim.
Afinal, o PAOK encerrou um jejum de 34 anos e voltou a ser campeão da liga nacional - algo que não acontecia desde 1985.
Um dos principais personagens da conquista, o lateral-direito Léo Matos, revelado pelo Flamengo, contou ao GloboEsporte.com sobre a repercussão do título invicto.
Além dele, outros três brasileiros defendem o campeão grego: o volante Maurício e os atacantes Léo Jabá e Pedro Henrique.
Fundado em 1926 por refugiados da antiga Costantinopla e dono de uma das torcidas mais apaixonadas da Europa, o PAOK conquistou seu terceiro título da liga na história - antes de 1985, o clube havia faturado o caneco somente na temporada 1975/1976.
Para voltar a soltar o grito de campeão, o PAOK precisou atropelar o Levadiakos por 5 a 0 no último domingo, em casa, no Toumba Stadium. Com o resultado, o clube comandado pelo técnico romeno Razvan Lucescu chegou aos 77 pontos - oito a mais que o vice-campeão Olympiacos, maior vencedor do país.
- Foi um dia inesquecível. Vou lembrar para o resto da minha vida. Um dia que não poderia ter sido mais perfeito. Primeiro, porque finalizamos o campeonato em casa. Poderíamos ter ganhado fora, mas empatamos e tivemos que decidir em casa. Finalizamos diante da nossa torcida, com o estádio cheio, uma temperatura agradável, com dia de sol, pegando um time teoricamente mais fraco. Era um dia para ter uma atuação que tivemos, com muitos gols, jogando bem - contou Léo Matos, que lamentou apenas uma coisa:
- A única coisa que eu poderia acrescentar, era ter feito um gol para sacramentar tudo. Mas, independente disso, a festa foi espetacular desde o primeiro momento, desde que o árbitro apitou.
Formado no Flamengo, com passagem pela seleção brasileira e pelo tradicional Olympique de Marselha, Léo Matos chegou ao PAOK em 2016 após sete anos na Ucrânia, atuando por Chornomorets e Dnipro, onde havia sido vice-campeão da Liga Europa na temporada 2014/2015 - o clube perdeu por 3 a 2 na decisão para o Sevilla.
Pelo clube, o lateral já havia vencido duas vezes a Copa da Grécia (2017 e 2018). Na atual temporada, anotou seis gols em 43 partidas, sendo considerado um dos pilares da equipe.
- Para mim essa conquista foi importantíssima. Foi o meu primeiro título nacional. Já atuei no Flamengo, no Olympique de Marselha, na Ucrânia por dois times e nunca tinha ganhado um título de liga. Já tinha ganhado um estadual, uma Copa do Brasil pelo Flamengo, fazendo parte do elenco. Na Ucrânia, cheguei a ser finalista da Copa da Ucrânia e da Liga Europa também, mas não tive um título. Para mim foi importantíssimo, para o clube nem se fala. Estava há 34 anos sem ganhar. Foi muito bacana, porque eles reuniram muitos jogadores que foram campeões há 34 anos atrás. Eles chamaram um por um do nosso elenco, fizeram uma homenagem para os veteranos. A festa foi maravilhosa. Mostramos que temos a melhor equipe da Grécia.
Fonte: Globo Esporte
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