No embalo de Franco Balbi, o Flamengo não tomou conhecimento do desfalcado Austin Spurs e está em mais uma final de Mundial.
Nesta sexta-feira, na Arena Carioca 1, o anfitrião dominou o time americano, campeão da G-League mas com apenas dez jogadores no Rio de Janeiro, venceu por 90 a 58 com grande atuação do armador argentino, e vai encarar o grego AEK na briga pela taça que representaria o bicampeonato para os brasileiros.
A decisão será no domingo, às 18h, com transmissão do SporTV. Mais cedo, às 15h, teremos a disputa de terceiro lugar entre Austin Spurs e San Lorenzo.
Inspirado, Balbi terminou o primeiro tempo com 19 pontos e cinco bolas de três, deixando o Flamengo com confortáveis 41 a 29 para os dois quartos seguintes. Ele ainda deu seis assistências. Anderson Varejão também foi bem na tábua, ajudando na defesa e pontuando no ataque. Terminou com nove pontos e seis rebotes. Marquinhos, sem se sobrecarregar, fez 17 pontos e quatro assistências. Deryk, vindo do banco, terminou com 12 pontos. O Flamengo terminou com 16 bolas de três pontos. No lado americano, Josh Huestis foi o cestinha com dez pontos. De Juan Blair, campeão da NBA pelos Spurs no passado, jogou apenas sete minutos e fez só três pontos.
- Tornamos o jogo mais fácil. Não tínhamos tanta informação tática deles. A G-League muda muito seus jogadores. Conseguimos contra uma equipe americana levar menos de 60 pontos. Mérito total do nosso grupo. Havia ansiedade antes do jogo. Representando o Flamengo. Frio na barriga. Erros fáceis. Acalmei os jogadores. Eles conversaram. Voltamos ao que estava combinado - disse o técnico Gustavinho.
Antes da partida, Flamengo e Austin Spurs homenagearam os dez meninos mortos na tragédia no Ninho do Urubu, na última sexta-feira. Houve um minuto de silêncio, os jogadores do Flamengo aqueceram usando camisas com o nome dos jogadores da base e o time americano levou à quadra camisas pretas dos Spurs com os sobrenomes dos jovens. O Flamengo também jogou com uma tarja preta nos uniformes, o que fará até o fim de 2019.
Balbi doutrina os americanos
Surpreendendo, Gustavo De Conti começou com Crescenzi no quinteto inicial do Flamengo. Com dupla nacionalidade, ele começou a carreira no basquete universitário dos EUA e está acostumado a enfrentar o estilo de jogo do Austin Spurs. O começo dos brasileiros, contudo, foi bem abaixo. Acelerando, os americanos campeões da G-League abriram 9 a 2 com três pontos de Demetri McCamey. Gustavinho parou o jogo. Na volta do tempo, o Flamengo acordou com quatro pontos de Anderson Varejão e bola de sete de Balbi, virando para 14 a 13 nos dois minutos finais do quarto. Marcando forte e com a mão quente de Balbi, os cariocas fecharam na frente por 20 a 15.
Flamengo e Austin arremessavam abaixo dos 40% e no começo do segundo quarto a bola praticamente não caiu nos três primeiros minutos. Bastante acionado, Balbi foi para o banco descansar no lado carioca. Josh Huestis, com seis pontos, era o cestinha americano, e a vantagem do Flamengo seguia em cinco pontos: 25 a 20. Em ponte-aérea de Rundles para Brimah, o Austin Spurs voltou a pontuar e trouxe para 30 a 24, mas David Rossetto foi para a cesta e falta, mantendo o Flamengo em situação confortável faltando três minutos para o fim do quarto. Assumindo a função de pontuador, Balbi meteu mais dois bolas de três, a última com apenas uma mão, e o rubro-negro abriu sua maior diferença, colocando 44 a 29 no intervalo.
O ritmo do Flamengo não caiu na volta do intervalo. Os americanos marcavam Balbi mais de perto, mas a bola rodava e sobrava na mão de Marquinhos e Deryk. Com duas bolas de três, o Flamengo colocou 50 a 33 nos três primeiros minutos. Na metade do terceiro quarto, os Spurs foram forçados a parar a partida após mais duas bolas de três pontos, ambas de Marquinhos, que chegou aos 14 pontos. Com o placar em 56 a 35, os brasileiros tinham a vitória encaminhada. Chegando a 13 bolas de três pontos, o Flamengo terminou o penúltimo quarto com 67 a 40.
Com o jogo resolvido, Gustavinho passou a poupar seus titulares. Balbi e Marquinhos, cestinhas, sentaram no banco já pensando na final de domingo contra o AEK. Anderson Varejão também. Administrando cada posse de bola e sem acelerar, estratégia usada desde o início para diminuir o número de posses de bola e evitar a correria americana, o Flamengo gastou o tempo. Na metade do quarto final, tinha 72 a 49. Ruan, garoto da base, ganhou seus minutos em quadra. Aieser também. No fim, os cariocas ainda ampliaram, fechando o jogo em 90 a 58.
Fonte: Globo Esporte
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