domingo, 27 de maio de 2018

Gilmar Ferreira aponta covardia em cobranças sobre o Flamengo



Pesadas porque chamar de "covarde" o jogo de um time que foi a campo com quatro desfalques, e desgastado pela série de quatro jogos em dez dias, soa cruel.


O empate com o River Plate em 0 a 0 em Buenos Aires rendeu críticas pesadas e, até injustas, à postura do Flamengo.



E injustas porque, ainda assim, na tentativa de ignorar o melhor momento do adversário, o time teve ao menos três bons lances para mexer no placar...

NÃO acho que a diretoria tenha agido certo ao desfazer a estrutura do departamento de futebol.

De Rodrigo Caetano a Jayme de Almeida, passando por Paulo César Carpegiani e Mozer.

Fez para dar satisfação à torcida após a perda do Estadual em ano de eleição.

E não tinha um plano estratégico, simplesmente porque ganhar o Estadual não estava no plano de metas.

O desmonte foi cruel, como as críticas à Maurício Barbieri. Como se o time tivesse piorado nas mãos dele.

E NÃO é verdade.

O Flamengo não tem o time confiável para as grandes conquistas, mas tem conseguido os resultados para o passo-a-passo que o possibilita alcança-las.

Apesar de ter empatado mais (6) do que vencido (5).

O problema é que a derrota para a Chape, fora, além de quebrar a série de oito jogos sem derrota, expôs a realidade que também não é só dele.

É algo que impacta a todos que dividem a atenção em três competições paralelas: queda de ritmo que vem pelo rodízio de jogadores.

QUEM cumpriu essa rotina de quatro jogos em dez dias, com disputa do Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores ou Sul-Americana, experimentou o revés.

Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro, Santos... até Vasco e Corinthians, que cumpriram três jogos, tiveram queda.

Ou seja, o time não deixou de vencer por falta de coragem do seu técnico, mas porque, como seus coirmãos brasileiros, sucumbe ao calendário insano.

O FLAMENGO venceu apenas quatro das 18 partidas (22,2%) que disputou na fase de grupos das seis Libertadores que jogou nos últimos dez anos.

A saber: 2008, 10, 12, 14, 17 e 18.

E vejam os adversários: Cienciano-PER (2008), Caracas-VEN (2010) e Emelec-EQU (2014 e 2018).

Não é muita pretensão achar que o time, desfalcado, bateria logo o embalado River Plate, descansado e fora de casa

Fonte: Gilmar Ferreira

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