domingo, 25 de junho de 2017

Flamengo avalia três frentes para definição de Estádio.



A informação de que o Flamengo e o Fluminense disputarão o terreno do Parque Olímpico para construção de um estádio reascendeu o xadrez da dupla por uma casa. A informação foi publicada pelo UOL.



A possibilidade de parceria entre os clubes é remota e por isso vão brigar por espaço no Rio de Janeiro.
Os dois times já tinham disputado o Maracanã quando um queria nova licitação (Fla) e o outro parceria com a Largadère (Flu). Os franceses se mandaram do estádio e a concorrência não saiu como queriam os rubro-negros. Agora, as articulações têm novos elementos.

Diante disso, a diretoria do Flamengo começou a procurar por terrenos para tocar seu estádio próprio. Tinha analisado a possibilidade do Parque Olímpico, mas a verdade é que estava focada em outros locais nas últimas semanas. Um terreno na Avenida Brasil era visto como boa perspectiva, além de outras opções menos votadas. E há o projeto da Gávea para 25 mil pessoas já em curso na prefeitura do Rio.

Enquanto isso, a diretoria tricolor trabalhou pela cessão do Parque Olímpico, como revelou o site Netflu. A ideia seria a construção de um estádio barato e sem gigantismo por meio de parcerias. Não sobra dinheiro no clube nem possibilidades de financiamento com a receita atual. Dirigentes tricolores têm boa entrada com a prefeitura em relacionamento com o secretário de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa.

Com o interesse do Flamengo, a tendência é por concorrência. Mas isso vai depender do desenvolvimento das outras frentes da diretoria rubro-negra. O clube não definiu sua prioridade e deixou todas as possibilidades em aberto, inclusive outros terrenos.

No meio do caminho, o governo do Estado do Rio pode sair da sua apatia e abrir a licitação para a concessão do Maracanã. Neste caso, o clube é o candidato natural. E, justamente, se o Fluminense abrir mão do estádio tijucano, não haveria outro clube para jogar no Maracanã. Botafogo e Vasco tentam atrapalhar os planos do Flamengo, mas não apresentaram até agora nenhum plano real para o futuro do estádio.

Só que, para a diretoria rubro-negra, é preciso fazer conta. Uma opção é o Maracanã que não precisa ser construído, mas tem um custo de R$ 30 milhões/ano e necessidade de obras de adaptação para explora-lo comercialmente. Uma avaliação interna é que se precisaria de R$ 60 milhões de receita fora bilheteria para bancar todos os custos, incluídos os operacionais.

A outra opção é um estádio novo que terá o custo de construção, mas será mais rentável segundo todos os modelos estudados por cartolas rubro-negros. E o Flamengo entende que, hoje, tem até como obter financiamento por conta própria para bancar o estádio.

No caso do Fluminense, a conta é mais simples: o Maracanã se apresenta hoje inviável para o clube sozinho diante da demanda da sua torcida. Tanto que pretende evita-lo daqui para frente com a volta a Edson Passos. Se conseguir viabilizar construir outro estádio, pode encontrar uma fórmula bem mais eficiente de renda desde de que tenha parceiros e controle os custos de construção.

A parceria entre os dois clubes não é prioridade de nenhum dos dois clubes, embora nenhum dos lados tenha dito um não peremptório. Nenhum cenário atual indica essa parceria.

Há ainda um terceiro elemento neste xadrez que é a Odebrecht. A empresa controla o Maracanã e tinha obrigação de obras no Parque Olímpico após a Olimpíada pela PPP (Parceria Público-Privada). Seu objetivo claro é sair de ambos os projetos com o menor gasto possível. O problema é que, se a solução demorar, isso pode implicar em deterioração do estádio e em paralisia no Parque Olímpico. A prefeitura do Rio e o governo do Estado que vão dar as cartas do jogo.

Fonte: Rodrigo Mattos

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