O Internacional alega que o time baiano utilizou o jogador de forma irregular em 2016, e tenta reverter o rebaixamento para a Série B, sofrido na última temporada.
Em caso de derrota nos tribunais, o Leão poderia perder pontos e trocar de lugar com o rival gaúcho.
Apesar de ter sido contratado após toda a disputa ter início, Paulinho foi questionado sobre o “caso Victor Ramos”. Durante a tarde, pouco antes do treino realizado na Toca do Leão, o atacante afirmou que não tem medo de uma punição do CAS, e avisou que não considera que a Segunda Divisão é o lugar do Vitória.
- Acho que não [não teme o rebaixamento]. Pensamento nosso é na Série A. Série B é para os pequenos, respeitando todo mundo. Focar só no momento que estamos vivendo. O extracampo deixa para diretoria resolver.
Paulinho confessou que não acompanha de perto o desenrolar do debate que envolve o registro de Victor Ramos, que deixou o Vitória no fim da temporada passada e atualmente está sem clube. Na manhã desta terça-feira, o CAS optou por suspender o julgamento que analisaria o caso para deliberar se tem ou não jurisprudência para analisar o mérito da questão.
- Para mim não chegou nada. Para os outros jogadores também não. Independentemente do que acontecer, temos que estar focados nas partidas e esquecer os problemas fora do clube. Isso para a gente não interessa.
Após a suspensão desta terça, os árbitros do CAS se manifestarão em 48 horas, ou seja, na quinta-feira, com a resposta sobre a competência, ou não, de analisar o caso. Se o entendimento for de que não há jurisprudência para o mérito – o que, aliás, é a argumentação do Vitória – o caso será encerrado. Caso o CAS leve adiante a discussão, advogados de Inter, Vitória e CBF voltarão a ser escutados já na semana que vem, mesmo que seja por videoconferência.
Entenda o caso victor ramos
Em 1º de dezembro, o Inter apresentou no STJD um documento com 42 páginas no qual pedia para fazer parte no processo que investigou supostas irregularidades na inscrição do zagueiro Victor Ramos, iniciado pelo Bahia. Na luta contra o rebaixamento, o clube gaúcho pedia que o tribunal reabrisse o caso para punir o clube baiano com a perda de pontos nas partidas em que o zagueiro atuou no Campeonato Brasileiro.
A principal linha sustentada pelo clube gaúcho diz respeito ao não cumprimento das normas do Transfer Matching System (TMS), que regulamenta as transferências internacionais no futebol. O jogador, que pertence ao Monterrey, do México, estava emprestado ao Palmeiras até se transferir ao Vitória, em fevereiro do ano passado. Na visão dos advogados do Inter, essa negociação ocorreu de maneira irregular.
Em 8 de dezembro, o auditor Glauber Guadelupe, vice-procurador-geral do STJD, arquivou o pedido do Inter. No dia seguinte, a CBF enviou um ofício ao STJD alegando que os documentos usados pelo clube no processo – a troca de e-mails entre o diretor da CBF e o Vitória – foram adulterados. A entidade pediu a impugnação dos documentos pelo tribunal.
E, insatisfeito com a decisão do tribunal, entrou novamente, no dia 12 de dezembro, com um pedido de reexame do caso Victor Ramos no STJD. Uma semana depois, o procurador-geral do STJD, Felipe Bevilacqua, optou por manter o caso arquivado.
Na última semana, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), comunicou de que a os laudos da perícia comprovaram a alteração nos documentos utilizados. Por sua vez, o presidente do Inter, Marcelo Medeiros, voltou a garantir a autenticidade dos e-mails utilizados.
Sem obter sucesso no STJD, o Inter levou o caso à Suíça. Em janeiro desse ano, o clube ingressou com uma ação no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), com sede em Lausanne, para tentar reabrir o processo. Resta agora saber se a entidade internacional levará o caso adiante.
Fonte: Globo Esporte
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