sábado, 29 de abril de 2017

Com futuro incerto no Palmeiras, Prass desperta olhares de Clubes.



Não bastassem a estúpida brincadeira com os jogadores amarrando e humilhando Roger Guedes, o chute no copo d'água de Borja ao ser substituído; a não escalação de Zé Roberto na partida decisiva contra a Ponte Preta; a descompostura pública de Felipe Melo em Roger Guedes, com direito a palavrões, e gritos de 'moleque', o Palmeiras tem outro motivo para se preocupar.


Fernando Prass. Seu contrato termina no final deste ano. Mas a partir do final de junho, já pode assinar com outra equipe para atuar em 2018.

O goleiro de 38 anos ainda não foi procurado por ninguém para começar a tratar da renovação. O que seria mais do que normal. É uma situação incômoda para o jogador que é líder do elenco e está sendo observado por Tite.

Tem reais chances de ser convocado para a Seleção.

Para evitar desgastes, Prass tomou uma decisão.

Contratou como empresário Giuseppe Dioguardi.

Ele é o agente de Kléber 'Gladiador' e Paulo Henrique Ganso, entre outros atletas.

O Palmeiras nunca valorizou Fernando Prass como ele merece. Contratado para disputar a Segunda Divisão, em 2013, o goleiro não esperava que viveria a melhor fase de sua carreira no Palestra Itália. Chegou aos 34 anos. Deveria ser o jogador que orientaria Bruno e Deola. Seria um reserva de luxo para o ex-presidente Arnaldo Tirone.

Depois de 18 anos, o Palmeiras contratava um goleiro.

O clube sempre teve uma escola exemplar de arqueiros.

Só desembarcou no Palmeiras porque estava há quatro meses sem receber no Vasco.

Conseguiu sua liberação na justiça.

E amarrou um contrato baixo de três anos com o Palmeiras.

Ele chegou a pensar que seria o seu último com um time grande.

A camisa com que foi apresentado acabou sendo representativa.

Era a 25.

Chegou como reserva do reserva.

Acabou rapidamente se firmando.

E graças a treinamentos intensivos, dedicação que impressionava as Comissões Técnicas, se tornou titular absoluto. E foi subindo de patamar como goleiro no país. No final de 2015 teve uma renovação difícil com a direção palmeirense. Visivelmente não ficou satisfeito. Conseguiu pelo menos dois anos.

Seu salário está longe dos melhores do grupo.

Muito pelo contrário.

Há vários atletas até que não são titulares que ganham mais do que ele.

Ao contrário do que poderia supor em 2015, a situação está melhor para o goleiro. Tite já deixou claro que Fernando Prass está sendo observado a sério. O goleiro deveria ser o titular na Olimpíada, se não fosse uma grave lesão no cotovelo direito. Ela a deixou de fora dos Jogos do Rio e também do último semestre de 2016.

Mas a recuperação foi melhor que os médicos esperavam.

E agora, daqui dois meses ficará livre para assinar com qualquer clube.

Sabe que está com a faca e o queijo na mão.

Consciente, conseguiu superar o preconceito da idade.

E tem mercado.

Não é mais, como ele mesmo chegou a acreditar, dependente do Palmeiras.

São Paulo, Flamengo, Internacional e Botafogo por exemplo, são quatro clubes onde chegaria e seria titular absoluto.

Aos 38 anos, quer ser valorizado no Palmeiras.

Não só reconhecido como grande goleiro e líder do elenco.

Mas recebendo o retorno financeiro que acredita merecer.

Se isso não acontecer, não cederá.

Sabe que não precisa.

Não ficará sem jogar em uma grande equipe.

Aliás, o Palmeiras que desperte.

Pela sua importância, Prass deveria ter sido procurado há tempos.

Alexandre Mattos precisa revisar seu cronograma.

O melhor goleiro desde Marcos deseja o reconhecimento.

E se não vier no Palestra Itália, será em outro clube em 2018.

O Palmeiras que não brinque com seu grande goleiro.

Para não ter de vê-lo com outra camisa no ano que vem...

Fonte: Cosme Rimoli

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