Nesta sexta-feira, faltando pouco mais de 24 horas para o jogo entre Ponte Preta e Santos, no Moisés Lucarelli, foi anunciado que, a pedido da Polícia Militar, a partida foi transferida para as 11h de domingo, também no estádio da Macaca.
A decisão, tomada para evitar um possível confronto entre as torcidas da Ponte e do Guarani, que na noite deste sábado decide a Série C com o Boa Esporte, em Varginha (MG), revoltou o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior. O dirigente ainda insinuou que a mudança teria sido tomada para favorecer o Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro.
“Se fosse uma decisão racional, OK. Podiam ter mudado o jogo para qualquer campo, mas tomaram a pior decisão, que foi alterar o jogo para o pior horário da manhã, complicado para o metabolismo do jogador. Aí vão dizer que muda para os dois. Muda coisa nenhuma. O Santos está disputando o título brasileiro. Se é para entregar para o Palmeiras, façam isso de uma vez”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.
“Tô ‘P’ da vida. Não uso um palavrão, porque não passamos das 22h. A gente se prepara para um jogo que é muito importante, que faz parte do nosso planejamento para chegar ao topo e muda-se o jogo sem mais nem menos. Estávamos preparados para jogar à noite, aí mudam para a manhã do domingo. Para atender aos interesses de quem?”, completou.
Para Modesto, a transferência do jogo para domingo acarretará em prejuízo para o Santos, que precisará mudar toda sua logística.
“As pessoas não pensam na logística, nas despesas que vamos ter a mais. Para mim é falta de profissionalismo e de seriedade. Mais uma vez rasgaram o regulamento e jogaram o estatuto do torcedor no lixo. O regulamento do campeonato é ruim? É, mas enquanto existe, vamos respeitar”, lamentou.
Modesto disse ainda que sua vontade era de não entrar em campo no domingo, mas não fará isso para não prejudicar o Peixe, que com 61 pontos, está em terceiro lugar e ainda tem chance de conquistar o título Nacional.
“A minha vontade, como torcedor é lavrar a nossa chegada às 19h e dar os pontos por W.O., mas na hora que você tem, como dirigente, que usar a razão, não pode fazer isso para não prejudicar o clube. Mas a vontade é essa. Fomos avisados por telefone, que não é o meio mais adequado para comunicar uma decisão dessa importância”, desabafou.
O dirigente disse ainda que não aceita a decisão e que irá pessoalmente à CBF para formalizar seu protesto.
“O Santos vai protestar e não aceita essa decisão, mas vai entrar em campo para respeitar o torcedor e o regulamento. Isso é uma vergonha e uma mácula indelével para o Campeonato Brasileiro de 2016. Os atletas têm que descansar para o jogo. O Santos vai trabalhar para entrar com um protesto na CBF. Na segunda-feira, eu vou pessoalmente à CBF”, concluiu.
Fonte: Band
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