O Flamengo se inspirou no modelo adotado no Independência pelo Atlético-MG para fechar com o estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. Embora muito diferentes em infraestrutura, o estádio traz ao rubro-negro o que precisavam para ficar menos reféns do Maracanã: um alternativa para jogar no Rio. O fator, acreditam, traz ao clube segurança nas negociações, além de ser uma opção de baixo custo esportivo, isto é, não desgasta os jogadores em viagens. Pelos cálculos dos dirigentes, o estádio vai gerar uma receita líquida de cerca de R$ 500 mil por partida.
A ideia dos rubro-negros é atuar no Luso até a fase de quartas-de-final da Libertadores (caso avancem) tendo em partidas de maior apelo uma ampliação da capacidade, de 15 mil lugares para pouco mais de 20 mil. Mas há também estudos que cogitam uma ampliação para até 40 mil lugares, usando todos os espaços do estádio com arquibancadas desmontáveis.
"Vamos ter um investimento inicial no gramado, nos vestiários, nas arquibancadas, mas isso se paga rápido. Num cenário mais conservador, a receita será algo em torno de R$ 500 a R$ 600 mil, mesmo que faturávamos em Cariacica, por exemplo", disse o diretor-geral do clube, Fred Luz.
Maracanã perto dos franceses e longe do Fla
As negociações do Governo com a dupla Lagardere/BWA avançaram bastante na tarde desta segunda-feira. Um acordo está perto de ser selado com pagamento de cerca de R$ 100 milhões ao Estado e o velho modelo no pacote: construção de shoppings e lojas. O Flamengo não descarta ter o Maracanã como um local para partidas mais importantes, como finais de campeonato, mas vê este cenário como o menos provável no momento:
"Se for algo que atenda às nossas necessidades, podemos jogar lá, sim. Mas continuaremos com a perspectiva de atuar em Brasília, no Pacaembu, em todo o Brasil como fizemos este ano", afirma Luz.
Fechar com o Independência, do América-MG, foi o grande ganho negocial do Atlético-MG em relação ao Mineirão. Eles jogam no estádio apenas quando lhes interessa, o que traz, sem dúvida, perdas significativas para a administradora, a Minas Arena. Pela mesma experiência passarão os franceses (Lagardere) aliados aos irmãos Balsimelli (BWA), acredita o Flamengo.
O clube também convidará clubes cariocas para atuarem no estádio, como Fluminense e Botafogo, no caso de algum impedimento no Engenhão. O estádio foi utilizado pelo alvinegro na temporada de 2015. A partir de 2016, será de uso exclusivo do rubro-negro, que dividirá com o próprio clube dono do estádio, a Portuguesa, da Ilha do Governador. O contrato firmado é de três anos, prorrogáveis.
Fonte: Gabriela Moreira / Espn Brasil
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