A classificação na Copa Sul-Americana coroou o trabalho do Flamengo na administração de um elenco numeroso e de qualidade. Mesmo criticado pelo uso de um time misto na partida de ida contra o Figueirense, o técnico Zé Ricardo manteve suas convicções e viu frutificar a aposta em atletas antes desacreditados.
Na lista estão Pará, Everton, Gabriel, Fernandinho e até Emerson Sheik. O grupo todo comprou a ideia do ex-interino e sua trajetória até aqui é incontestável, com aproveitamento de 65% em 20 partidas disputadas.
— É estudioso, aberto ao diálogo, tem personalidade, liderança. Além disso, Zé Ricardo sabe ler o jogo e motivar os atletas. Está crescendo com a equipe — avaliou o vice de futebol do Flamengo, Flávio Godinho.
A diretoria teve seus méritos no período. Além de apostar em um técnico promissor, segurou atletas no clube mesmo na reserva, com o discurso de que todos seriam utilizados. Houve ainda contratação de nomes em baixa que cresceram rapidamente — casos de Leandro Damião, Réver e Rafael Vaz.
— O elenco foi montado com o objetivo de ter dois atletas ou três do mesmo nível por posição. Já prevíamos a dificuldade de jogar fora de casa, o risco de lesão podia ser maior. Houve investimento maior no elenco numeroso para rodar o time e na tecnologia de prevenção. Todos sabiam que iam rodar. E isso foi praticado — ressaltou o diretor-executivo Rodrigo Caetano.
Para se ter ideia, do atual elenco, 18 jogadores marcaram gols nesta temporada. Fernandinho, que fez o primeiro (e salvador) contra o Figueirense, comemorou o fim do jejum e as pazes com a torcida rubro-negra.
— Mais uma chance dada pelo Zé, fiz exatamente o que ele pediu. Estou flutuando — brincou o atacante. No Flamengo, os humilhados também costumam ser exaltados.
Fonte: Extra
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