Primeiro gostaria de explicar o que significa “espanholização”, esse termo surgiu por grande parte dos analistas da mídia esportiva e também por torcedores. O significado do termo é a centralização de poder econômico nas mãos de uma única pessoa / clube (Monarquia), ou de algumas poucas pessoas / clubes (Espanholização).
Essa terminologia surgiu em 2013, posteriormente ao fechamento do balanço financeiro completo dos clubes brasileiros. Foi realizada uma análise econômico-financeira mediante a apresentação dos resultados de 2012, pelo Cezar Grafietti e outros profissionais do Banco Itaú BBA, onde teve como grande destaque a questão da centralização de poder econômico.
Passados mais de quatro anos, os mesmos analistas apontam que os números comprovam que a teoria da “espanholização” nada mais é que uma lenda. Ressalto que tal análise se faz comparada aos aproximados 60% de participação das receitas com direitos de TV de apenas dois grandes clubes da Espanha (Real Madrid e Barcelona).
O grande problema da confirmação da teoria, ao meu ver, se faz devido à grande e notória incompetência apresentada durante os últimos três anos de dois dos três times que compõem esse primeiro bloco (Flamengo, Corinthians e São Paulo). Vamos aos números:
Na contramão da grande maioria dos clubes Brasileiros e dos times que compõem o primeiro bloco, o Flamengo apresenta uma agressiva redução da dívida, ano após anos. Enquanto Corinthians cresceu no mesmo período sua dívida em R$ 259 mi e o São Paulo em R$ 108 mi.
Teria eu então que mudar minha tese da “espanholização” para “monarquia” do Futebol Brasileiro?
Mas vamos ao que interessa caros amigos e leitores, os números do Flamengo comprovadamente são fantásticos e muito animadores. O Flamengo divulgou há pouco tempo seu balanço financeiro do primeiro semestre de 2016, e para minha grande surpresa, poucos analistas esportivos tiveram o mesmo critério na divulgação dos números se comparado a grande repercussão negativa e comoção pela austeridade financeira, posteriormente à contratação do Leandro Damião e do craque Diego Ribas.
Realizarei um breve resumo dos números apresentados pelo Flamengo para melhor entendimento da imensa e apaixonada Nação Rubro Negra. Vejam os números:
No gráfico acima eu apresento que já realizamos 53% das receitas orçada para o ano de 2016. Importante sinalizar as grandes dificuldades enfrentadas ao longo desse primeiro semestre. Cito as principais: Não tivemos jogos no Maracanã, tivemos uma redução no número total de sócios torcedores e realizamos contratos temporários junto a novos patrocinadores. Tais dificuldades poderão virar um ponto positivo para esse segundo semestre se considerarmos o viés de alta do time de futebol, o retorno do Maracanã e principalmente a briga pelo título do Brasileirão 2016.
Percebam que o clube segue a sua dura rotina de redução do endividamento, fato que vem ocorrendo desde 2013. Ressalto a grande importância dos números apresentados acima, uma vez que entrarão para os anais do Clube de Regatas Flamengo, como fato inédito. Explico: mesmo faltando mais seis meses para o fechamento do ano, se considerarmos, previsões pessimistas quanto ao balanço de 2016, entraremos com aproximadamente R$ 385 mi de endividamento, valor esse, inferior ao valor de receitas anual o que tornaria o Flamengo como uma empresa líquida.
Uma empresa líquida precisa apresentar receitas superiores ao seu endividamento (Projeções de Receita 415 mi x Endividamento 385 mi). Fato este, que demonstra toda a competência e profissionalismo da atual gestão à frente do Flamengo.
Então, imensa Nação Rubro Negra, contrariando a grande mídia esportiva e também os consultores financeiros do Banco Itaú, afirmo que, a “espanholização” ou “monarquia” do futebol Brasileiro ocorrerá certamente em 2019/2020, caso o nosso digníssimo presidente Eduardo Bandeira e toda sua equipe, continuem a frente do maior clube do mundo.
Saudações Rubro Negra,
Allan Garcia (Coluna do Flamengo)
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