sábado, 16 de julho de 2016

Orgulhoso, Eduardo Bandeira destaca transparência no Flamengo.


“Temos uma responsabilidade muito grande e não podemos decepcionar a Nação. Terminamos o Brasileiro como o quarto time do Rio de Janeiro e eu sofri muito com o fantasma da segunda divisão. Só que fora de campo os problemas são mais preocupantes. Temos uma fama de um clube mau pagador, que desrespeita contratos, que não tem transparência e responsabilidade”.


Desde o discurso de posse como presidente do Clube de Regatas Flamengo, o administrador e funcionário público de carreira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eduardo Bandeira de Melo, mostrou a que veio.

Longe das demagogias dos cartolas tradicionais, o mandatário rubronegro destacou no seu primeiro pronunciamento presidencial o foco na reestruturação da gestão do clube com seriedade e transparência.

Liderando um time de executivos de sucesso, Bandeira de Melo e sua diretoria reconstruíram a credibilidade do clube de maior torcida do mundo. O Flamengo virou destaque nas manchetes como exemplo de gestão.

Em apenas três anos, Bandeira de Melo iniciou uma revolução administrativa no Flamengo e quebrou paradigmas. Foi protagonista na tramitação da Lei do Profut no Congresso Nacional, no enfrentamento à Federação Estadual do Rio de Janeiro, na criação da Primeira Liga e nada indica que ele pare por aqui. O presidente do Flamengo quer colaborar na reforma geral do futebol brasileiro.

Apresentou-se aos grupos de trabalho do Comitê de Reformas da CBF para defender as propostas da Primeira Liga e do Flamengo. E está disposto a colaborar na elaboração de um Plano Diretor de Desenvolvimento do Futebol Brasileiro, um projeto ousado que pretende apontar diretrizes modernizantes para serem executadas durante os próximos dez anos.

Em 2015, o Flamengo teve um superávit de R$ 115 milhões. Quando assumiu o clube, a dívida atingia R$ 750 milhões. Sob seu comando, o clube ainda conquistou uma Copa do Brasil (2013), um Campeonato Carioca (2014) e a tradicional Copa São Paulo de Futebol Júnior (2016).

Com cerca de 60% dos votos foi reconduzido a novo mandato em dezembro de 2015. Leia a entrevista de fôlego e exclusiva concedida à Universidade do Futebol, em que o presidente do Flamengo fala sobre gestão, cobranças por resultados de campo, relação com a FERJ, crise da CBF, Primeira Liga e seu otimismo em relação ao futuro do futebol brasileiro.

Universidade do Futebol – Como foi a sua entrada no mundo do futebol?

Eduardo Bandeira de Melo – Em 2012, uma quantidade grande de rubronegros insatisfeitos com os rumos que o Flamengo tinha tomado e a situação que o clube vinha enfrentando naquela época, resolveu participar mais ativamente da vida política do clube e isso acabou desaguando numa candidatura à Presidência. Como tinham alguns amigos envolvidos nesse grupo, eu fui junto. A princípio a candidatura não seria a minha, mas a pessoa que seria o candidato na época não tinha condições estatutárias para concorrer, eu assumi a candidatura como um plano B. De uma hora para outra a minha vida virou ao avesso, eu acabei virando presidente. O primeiro cargo que eu exerci no Flamengo foi o de Presidente. (risos)

UdoF – Quais os principais desafios o senhor encontrou ao assumir a Presidência do Flamengo?

Bandeira – O que saltava aos olhos na época era a situação financeira caótica, a crise de credibilidade. Ninguém acreditava no que o Flamengo dizia, até com uma certa razão. O Flamengo desenvolveu uma fama de mau pagador, a de um clube que não cumpria os seus compromissos. Nós chegamos, fizemos uma auditoria da dívida, chegamos à conclusão de que estávamos devendo R$ 750 milhões, com uma conta de apropriação indébita e sonegação enormes também, com as receitas todas penhoradas. Esse foi primeiro problema que a gente teve que enfrentar.

UdoF – Como foi a reação da torcida às primeiras medidas do seu plano de gestão?

Bandeira – Nosso discurso de responsabilidade foi comprado pela torcida imediatamente. Eu sempre conto a história do dia que, uma semana depois da gente ter assumido o Flamengo, tendo que cortar os gastos de maneira dramática, a primeira solução – que não tinha outra – era se desfazer do maior jogador do elenco naquele momento, o Vagner Love. Fechamos a volta dele pra Rússia e nos livramos de um pagamento de 6 milhões de euros que a gente ainda devia pro CSKA e tiramos R$ 1 milhão por mês do nosso fluxo de caixa.
Fechamos a saída do Vagner Love num sábado. No domingo, eu acreditava que ainda era um ilustre desconhecido, estava no supermercado, empurrando meu carrinho, quando um rapaz de 3 metros de altura por 2 de largura se dirigiu a mim: “Presidente, o senhor vendeu o Vagner Love…”. Pensei: “acho que vou morrer aqui”. Já tava me preparando para o pior e ele continua: “Fez muito bem, a gente não podia continuar pagando tudo aquilo…” Aí eu comecei a ver que a torcida começava a comprar a nossa briga por uma postura mais responsável.

UdoF – O resultado do pleito que lhe reelegeu aparenta uma diminuição da pressão política interna do clube. Como o senhor avalia essa questão?

Bandeira – Diminuiu muito (a pressão). Inclusive nessa campanha da reeleição nosso maior adversário era uma chapa composta por pessoas originalmente do nosso grupo. Se não houvesse a dissidência talvez tivéssemos vencido por 80% dos votos. Acabamos ganhando com 60% dos votos. 30% para o segundo colocado e 10% para o grupo que representa o Flamengo de antigamente.

UdoF – Como o senhor consegue equilibrar a pressão da torcida e da imprensa por resultados de campo, para poder manter a coerência do seu plano de gestão?

Bandeira – Claro que não é fácil administrar o Flamengo e nem sofrer pressão. A facilidade que eu vejo é que não tem nenhum outro caminho possível. Eu não vou marcar a minha passagem pelo Flamengo pela irresponsabilidade. O único caminho que temos é esse, você trabalhar para construir uma estrutura que permita o Flamengo ganhar tudo no longo prazo, mas no curto prazo nós temos que sofrer um pouco. Isso fez parte do meu discurso de posse.

No dia que eu tomei posse, foi à noite lá na sede da Gávea, sete e meia, oito horas da noite. Às cinco horas eu estava na Procuradoria da Fazenda Nacional, no centro do Rio, para tentar avaliar o tamanho da encrenca. Naquele momento eu vi o que a gente tinha de apropriação indébita e o porquê das nossas contas estarem sendo penhoradas.

Nós íamos assinar o contrato com a Adidas e íamos separar uma parte do dinheiro para reforçar o time. Era o Montillo na época. “Esquece o Montillo, esquece qualquer reforço, nós vamos pagar essas contas atrasadas com todo o dinheiro que a gente tiver”. E assim eu tornei meu discurso de posse ainda mais cáustico, dramático. Eu falei: “não tem outro jeito, vamos sacrificar os objetivos esportivos e sociais para poder recuperar a credibilidade do clube”.

UdoF – O senhor enxerga alguma referência no futebol brasileiro ou de fora do país, que lhe inspire ou que lhe sirva como modelo de gestão, mesmo que parcialmente?

Bandeira – Não no futebol. A minha vida foi sempre no setor público. Sou filho e neto de funcionários públicos. E essa coisa da responsabilidade sempre foi uma coisa muito presente para mim desde garoto. Não sou só eu. As pessoas que tavam comigo nesta empreitada, todos também vindo do setor privado, com responsabilidade, com nome a zelar. A gente não ia admitir fazer mais do mesmo. Mesmo todo mundo sendo Flamengo doente, a gente tem certeza que o único caminho para o Flamengo chegar numa situação que todo mundo espera é através da responsabilidade, da competência e da recuperação da credibilidade do clube.

UdoF – Qual, na sua opinião, deveria ser o papel da Federação Estadual do Rio de Janeiro (FERJ)?

Bandeira – Considerando que existe a FERJ – embora eu não veja necessidade do futebol estar estruturado em Confederação e Federações, isso poderia ser revisto – existem federações que exercem um papel interessante no futebol brasileiro.

A FERJ deveria ser uma entidade de promoção do futebol carioca, zelar pelo interesse dos clubes. Agora, a gente vê que a realidade é muito longe disso. O futebol carioca que já foi o futebol mais dinâmico e atrativo do futebol brasileiro, hoje está num processo de decadência, não só técnica como financeira.

UdoF – O senhor defende o fim dos campeonatos estaduais? Como o senhor avalia a situação dos clubes pequenos?

Bandeira – Eu não sou favorável ao fim dos Estaduais, eles têm um papel que deve ser preservado. Agora, acho que eles devem ser organizados de forma mais atrativa tanto técnica, quanto economicamente. Não dá pra você ter um campeonato estadual com 19 datas e jogar várias vezes contra clubes que não sabem o que que estão fazendo no campeonato.

Os times pequenos cariocas já foram celeiros de craques como os times grandes, tiveram um papel muito mais ativo e produtivo no futebol carioca. Quando eu era pequeno o futebol carioca tinha seis clubes grandes, além dos quatro atuais tinha o Bangu e o América que eram clubes grandes, que disputavam os títulos. E eu lembro de vários times competitivos do Olaria, do Bonsucesso, do Madureira. Então a partir do momento que o futebol carioca foi perdendo prestígio e foi se deteriorando técnica e financeiramente, isso não se refletiu só nos clubes grandes, mas nos pequenos também.

Os clubes pequenos têm o seu papel, mas isso tem que ser combinado com o calendário do futebol brasileiro como um todo, em que você pode e deve ter um campeonato nacional atrativo, pode ter copas regionais como a que estamos promovendo na Primeira Liga, que podem conviver com os campeonatos estaduais.

UdoF – Por que o Flamengo aderiu e dá suporte à Primeira Liga?

Bandeira – A Primeira Liga é um movimento que surgiu espontaneamente a partir da insatisfação dos clubes com seus campeonatos estaduais. A briga do Flamengo com a Federação do Rio todo mundo acompanhou – aquelas baixarias que aconteceram no Conselho Arbitral em janeiro de 2015 – resultaram numa postura do Flamengo que, a princípio, definiu por não participar do campeonato carioca com seu time principal. Depois, por pressão da detentora dos direitos de televisão, nós entendemos perfeitamente e resolvemos voltar atrás.

A insatisfação do Flamengo e do Fluminense se juntou à insatisfação de clubes de outros quatro estados brasileiros e resolvemos promover a Copa da Primeira Liga.

Com todas as confusões que vocês presenciaram, eu acho que de uma maneira geral nós estamos nos saindo bem. A Copa da Primeira Liga 2016, ainda que em caráter experimental, vai servir para que a gente possa ter um produto atrativo para os anos posteriores que possam preencher o vazio do primeiro quadrimestre do ano.

UdoF – O senhor acredita que a Primeira Liga pode originar a liga nacional de clubes?

Bandeira – A liga nacional de clubes pode acontecer, não necessariamente no ano que vem ou no ano posterior. Acredito que ela não precisa ser fruto do confronto ou de hostilidades. Acho que pode ser um processo harmônico.

Quando a gente fala de liga nacional por trás disso tem só o interesse dos clubes de participarem mais das decisões que dizem respeito a eles próprios. Então, você organizar o calendário do futebol brasileiro com participação dos clubes, você organizar um campeonato em que os clubes sejam os protagonistas e os tomadores de decisões, isso é o que todo mundo quer. Essa Liga pode conviver até com a CBF, ou com a sucessora da CBF, a entidade de administração do futebol brasileiro. Tudo é questão de diálogo entre pessoas bem-intencionadas. Havendo pessoas bem-intencionadas e havendo diálogo a gente chega numa fórmula interessante.

UdoF – Como o senhor avalia a possibilidade de clubes paulistas aderirem a Primeira Liga? Esse é um dos objetivos da sua gestão à frente do Flamengo, ajudar a construir uma liga nacional de clubes?

Bandeira – O objetivo é tentar melhorar o futebol brasileiro. Para ser bem objetivo eu não vejo como os clubes paulistas possam participar da Primeira Liga no curto prazo, porque eles já têm um contrato de televisão longo, assinado há pouco tempo.

O futebol paulista a gente tem que reconhecer que é um futebol dinâmico e atrativo. O campeonato paulista é, individualmente, o mais atrativo econômica e tecnicamente de todos os campeonatos estaduais.

Num primeiro momento nós vamos trabalhar com a Primeira Liga para torná-la cada vez mais dinâmica, cada vez mais atrativa e, quem sabe no futuro, se houver uma convergência, ver se a gente pode incorporar os clubes paulistas e tentar fazer uma coisa estruturada para o ano inteiro.

UdoF – Como o senhor avalia a crise da CBF?

Bandeira – É uma crise do futebol mundial e que o futebol brasileiro não é uma exceção. Se você comparar a CBF com a Federação do Rio ela até é uma entidade exemplar – qualquer entidade comparada a Federação do Rio é uma entidade exemplar.

A CBF tinha todas as condições para iniciar um processo de modernização e que pudesse levar a uma nova CBF. Acredito até que existem iniciativas internas que tem esse objetivo. Mas essas iniciativas sempre tem esbarrado em pressões, como as recentes da Federação do Rio, que levam a CBF para o lado contrário ao das boas causas. Eu tinha muita esperança de que ela pudesse se juntar ao Flamengo e aos clubes no sentido de tentar fazer o futebol brasileiro cada vez melhor.

UdoF – Qual sua opinião sobre o Comitê de Reformas da CBF?

Bandeira – Mais uma iniciativa que no papel parece interessante. Se o que for proposto no Comitê servir efetivamente para reformar, eu acho que vai ser bom. O Flamengo não participa do Comitê de Reformas, não foi convidado, mas nós fomos convidados a indicar representantes para os grupos de trabalho.

Nos grupos de trabalho pode surgir alguma ideia interessante. Eu gostaria muito que as ideias interessantes fossem implementadas. Por exemplo, o Flamengo deu uma sugestão para melhorar o nível das arbitragens do futebol brasileiro, foi muito bem recebida, mas até agora não tive notícia sobre se ela será ou não implementada.

Fizemos uma série de sugestões que entregamos por escrito, por ocasião da eleição do atual presidente e estamos na expectativa. Eu sei que a CBF está implantando – ou pelo menos contratou a implantação – de um sistema de governança corporativa coordenado por uma empresa de auditoria de nível internacional, que pode render bons frutos, mas se houver vontade política. Isso que muitas vezes falta, aquela vontade política para empurrar a bola para dentro.

UdoF – A Primeira Liga foi convidada a participar do Comitê de Reformas?

Bandeira – Não.

UdoF – A Primeira Liga apresentou 10 pontos como sugestão para a reforma do Futebol Brasileiro. Como a Primeira Liga se mobilizará para que suas propostas se tornarem realidade no Comitê de Reformas e na Assembleia Administrativa da CBF, órgão que vota a mudança de estatuto?

Bandeira – Eu não sei se os clubes poderão participar da Assembleia Administrativa, existe essa dúvida ainda, se os clubes estão dentro ou estão fora. Eu, lendo a legislação, entendo que estão dentro. Não sou advogado, mas para mim é o que está escrito lá.

Acho que a participação nos grupos de trabalho podem levar à proposição de vários dos pontos que estão elencados no documento da Primeira Liga. Tudo isso pode ser feito com diálogo.

Eu não estou defendendo rompimento, ao contrário da FERJ, que desrespeitou o Flamengo. Na CBF a gente simplesmente não tem sido atendido na hora que as coisas estão para acontecer, mas vou defender o diálogo até o último momento. Apesar da gente não estar participando do Conselho, indicamos representantes para os grupos de trabalho e vamos ver como esses assuntos são endereçados.

UdoF – O senhor acredita que é possível fazer o futebol brasileiro evoluir nos próximos anos?

Bandeira – Tem que ter esperança. Todo mundo é a favor, quase todo mundo é a favor.

UdoF – Vemos o esforço do seu grupo de fazer uma gestão séria, que dê saúde ao clube. Na sua visão há possibilidade de se consolidar esse crescimento do clube sem que toda a cadeia produtiva esteja também sendo oxigenada, a exemplo do próprio Flamengo?

Bandeira – O ideal seria que todos os clubes embarcassem nesse mesmo caminho. Seria bom para o futebol e a gente conseguiria chegar a um resultado interessante mais rápido. A responsabilidade é o único caminho possível. Quem não seguir, acho que vai se dar mal. A própria Lei do Profut [que refinanciou a dívida dos clubes com a União com exigências de contrapartidas de transparência e responsabilidade fiscal] já estabelece uma série de sanções para quem não andar na linha. Talvez alguns clubes não tenham acordado para isso ainda mas acho que vão ter que acordar.

Não apenas a legislação. Hoje já tem iniciativas como o Pacto pelo Esporte, por exemplo, que estabelece um conjunto de princípios e valores definido por 3 ONGs, que já foi adotado por mais de 20 grandes empresas brasileiras, que dizem “nós só vamos apoiar via patrocínio, via apoio financeiro – tem alguns bancos entre os 20 – os clubes e entidades de administração do esporte que seguirem esse conjunto de princípios”. O Flamengo, com orgulho, já pode dizer que ele cumpre todos eles, atestado inclusive pela própria Ernst & Young, que é uma das empresas que participa do Pacto.

Acredito que no futuro só vai conseguir patrocínio e apoio de qualquer natureza quem tiver andando na linha, seja pela via legal, seja pela via da linha que as empresas estão adotando para evitar o risco reputacional. Ninguém vai querer associar a sua marca a um clube, a uma federação ou a uma confederação que não adere a boas práticas de governança, transparência. Ninguém vai querer seu nome ligado a escândalo. Já estamos vendo isso na FIFA, na própria CBF e, com certeza, vamos ver nos clubes. O ideal seria que todo mundo caminhasse na mesma rota, mas quem não enxergar isso vai ficar para trás.

UdoF – Está crescendo no Brasil, na comunidade do futebol, um movimento que a Universidade do Futebol está articulando, com a ideia de construir um Plano Diretor de Desenvolvimento para o Futebol Brasileiro. A ideia é apresentar diretrizes para serem executadas nos próximos dez anos, com metas de curto, médio e longo prazo, para que o futebol brasileiro retome seu protagonismo o cenário mundial. Não se trata de criar oposição à CBF, mas trazer uma proposta que tenha autoridade e independência para poder propor realmente mudanças no futebol brasileiro. Qual sua opinião sobre isso?

Bandeira – Eu acho ótimo. Vamos gostar muito de participar desse processo. O Flamengo vai sempre aderir as boas iniciativas, vai participar de qualquer movimento no sentido de transformar o futebol. A nossa linha no Profut foi mais ou menos essa. É claro que a gente tinha um interesse próprio de ver a nossa dívida refinanciada, as contrapartidas todas a gente já cumpria como questão de princípio. O Profut não é a redenção, longe disso, mas foi um excelente ponto de partida para gente mudar o futebol brasileiro. E depois do ponto de partida a gente tem que tomar uma série de outras medidas e nessa linha a Universidade do Futebol pode contar com o Flamengo.

Fonte: Universidade do Futebol
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