De seis zagueiros no elenco em fevereiro, o Flamengo, de repente, se viu com apenas dois aos 12 minutos do primeiro tempo desta quarta-feira – no empate por 2 a 2 com a Chapecoense. Juan sentiu a coxa e saiu lesionado de campo. No banco, Rafael Dumas foi chamado para fazer sua estreia no futebol profissional do Flamengo. Um jogador de 21 anos, que estava fora dos planos – dito pelo técnico Muricy, formava a zaga com Léo Duarte, de 19, que foi apresentado ao torcedor na Copa São Paulo de Juniores. Enquanto Juan lamentava a lesão ainda dentro de campo, o departamento de futebol ligava para César Martins. Com mais de um mês de contrato de empréstimo pela frente – ele retorna ao Benfica dia 30 de julho -, o zagueiro estava dispensado praticamente desde a derrota por 2 a 0 para o Vasco em Manaus, no dia 24 de maio.
A convocação de emergência tirou César de férias antecipadas. Há uma semana nem ao Ninho do Urubu ele ia – fazendo treinamento por conta própria, longe do clube. O técnico Jayme de Almeida foi perguntando sobre o caso minutos depois do apito final desta quarta-feira e admitia que não sabia responder sobre o jogador e já planejava até improvisar William Arão ou trazer um garoto da base para compor o grupo. Mas César está de volta. Ele já se apresentou no centro de treinamento esta manhã e vai viajar com o grupo no sábado para enfrentar a Ponte Preta – por coincidência seu ex-time no futebol brasileiro.
A queda progressiva de opções para a zaga se explica – pelo menos com a tentativa de explicação – da seguinte maneira. Na pré-temporada, eram cinco zagueiros. Wallace e César Martins eram os remanescentes de 2015, e Juan e Antônio Carlos, os reforços para o setor, além de Rafael Dumas, promovido em janeiro. Mesmo com o quinteto, o clube buscava e já penava para conseguir um nome de peso para a zaga. E falhou mais uma vez. Com o fim do Carioca e ciente de que o Benfica não renovaria o empréstimo, Muricy resolveu cortar César das partidas. A diretoria, por sua vez, negociou Antônio Carlos com a Ponte. O jogador, apresentado coberto de elogios pelo diretor de futebol Rodrigo Caetano e que se disse escolhido a dedo por Muricy, sequer entrou em campo e ficou uma vez no banco.
Para completar as falhas de planejamento, no último dia 13, o então capitão do time Wallace, que sofria de imensa rejeição da torcida, pulou fora do barco e iniciou negociação com o Grêmio. O jogador já manifestava descontentamento no clube há tempos e revelou que pediu para ser negociado antes de chegar à véspera da estreia no Brasileiro.
Apenas Vaz confirmado
Não bastasse a dramática situação, classificado como “problema seríssimo nas palavras do ex-zagueiro e técnico interno Jayme de Almeida, o clube segue em dificuldades para contratar zagueiros. Há diversas sondagens e também ofertas, principalmente por jogadores sul-americanos. A diretoria, por enquanto, tem apenas engatilhado o nome de Rafael Vaz, que recebia no Vasco cerca de R$ 80 mil e vai ganhar na Gávea R$ 150 mil por dois anos de contrato. O jogador nunca se firmou como titular em São Januário e só pode jogar pelo rival a partir do próximo dia 7, quando encerra o vínculo com o Vasco.
O clube avalia fazer proposta por Arturo Mina, do Independiente del Valle-EQU, que é semifinalista da Libertadores. O jogador, porém, foi convocado para a Copa América Centenário. O nome preferido sempre foi Alejandro Donatti, do Rosario Central-ARG. Mas o time argentino ainda não definiu se o treinador continua e a situação está em suspenso. Os valores iniciais oferecidos pelos rubro-negros não empolgaram a diretoria argentina. De toda maneira a janela de transferências internacionais só abre dia 20 de junho.
Fonte: GE
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