sexta-feira, 8 de abril de 2016

Ressentido com caso de Arão, Botafogo fecha as portas do Engenhão para o Fla



Cada vez mais longe de acordo para atuar no Maracanã – principalmente no caso de o eventual consórcio BWA/ Lagardère assumir no lugar da Odebrecht –, o Flamengo pensa em alternativas até que encontre um local definitivo para jogar. Uma delas seria o Engenhão. Essa opção é discutida ainda internamente na Gávea, mas, ao que parece, nem precisa ser levada ao Botafogo, dono da concessão do estádio. A resposta está na ponta da língua.


– O Nilton Santos é muito bonito, mas não está aberto ao Flamengo, que levantou uma barreira com o caso do Willian Arão, agindo com falta de ética. Se não resolver esse caso, não tem conversa. Não chegou nada até mim. Mas é melhor que não chegue, porque a resposta não vai ser agradável. É melhor que o Flamengo pense em outra coisa – disse o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.

Ele se refere à transferência do volante do Botafogo para o Flamengo, em novembro do ano passado. Pouco antes de o contrato de Willian Arão terminar, o Alvinegro depositou na conta do jogador 
R$ 400 mil, alegando fazer uso de uma cláusula que estabeleceria renovação automática em caso de pagamento desta quantia. Arão devolveu o dinheiro ao Botafogo por duas vezes.

O jogador acionou a Justiça para ter o direito de escolher o clube pelo qual gostaria de atuar e ganhou a causa. O Botafogo recorreu, e a batalha ainda segue nos tribunais. Na visão de seu departamento jurídico, o Alvinegro teria direito a receber uma compensação financeira, caso se concretizasse a transferência de Willian Arão para o Flamengo.

De acordo com a defesa de Willian Arão, no contrato com o Botafogo assinado em janeiro de 2015 constava que após a compra de 20% dos direitos econômicos haveria a assinatura de um novo vínculo, válido por dois anos, e não uma renovação automática. Além disso, os advogados do atacante afirmaram que a cláusula perdeu efeito a partir do momento em que entrou em vigor regulamentação da FIFA determinando que atletas e empresas não podem ter mais direitos econômicos de jogadores.

– Não dá para levar muito a sério (possível interesse do Flamengo no Engenhão), porque seria uma falta de senso. O Flamengo agir como agiu e depois querer conversar – completou Carlos Eduardo Pereira.

Recentemente o imbróglio teve dois capítulos, fora e dentro de campo. Em 17 de fevereiro, Willian Arão e Botafogo se encontraram no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro para uma audiência de instrução, mas não houve acordo, e as partes vão esperar a sentença da Justiça. Em 1º de abril, o volante enfrentou pela primeira vez o ex-clube, no empate 2 a 2, em Juiz de Fora (MG), pelo Campeonato Carioca. Arão e foi hostilizado pela torcida alvinegra todas as vezes em que tocou na bola.

Fonte: GE Related Posts Plugin for WordPress, Blogger... 

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