Com mando de campo em Juiz de Fora, o Flamengo foi eliminado da semifinal da Primeira Liga na noite desta quarta-feira, após derrota por 1 a 0 para o Atlético-PR. O Rubro-Negro carioca entrou em campo com uma equipe bastante modificada, sem seis titulares. Para o comentarista Raphael Rezende, houve falta de planejamento da diretoria e da comissão técnica na derrota.
O jornalista criticou os dirigentes por não encontrarem uma opção para o fechamento do Maracanã e do Nilton Santos em 2016. Já a comissão técnica teria falhado ao poupar jogadores na semifinal de um torneio importante para o clube, após o desentendimento com a federação do Rio.
– No Flamengo, tem mais uma situação: é um dos grandes entusiastas da Primeira Liga. E o Muricy escolhe o primeiro jogo eliminatório da temporada para poupar jogadores que iriam “estourar”. Mas, já sabendo que teria duas ausências, Cuéllar e Guerrero, eu achei estranho o Flamengo ter entrado com um time misto, com seis jogadores trocados para esta partida eliminatória. Poderia ser planejado de sequência desde o início da temporada. As viagens são um peso a mais, já se sabe que o Rio de Janeiro ficaria sem estádio desde 2009. Essa diretoria está no clube desde 2013 e não tomou nenhuma providência nesse sentido. O planejamento deveria
Do time titular, apenas Paulo Victor, Jorge, Juan, Wallace e Willian Arão começaram o jogo contra o Atlético-PR. Rodinei desfalcou a equipe por conta de um resfriado. Mancuello se recupera de uma lesão. Cuéllar e Paolo Guerrero estão com as seleções da Colômbia e do Peru, respectivamente. Os atacantes Marcelo Cirino e Emerson Sheik foram poupados por desgaste físico, mas entraram no segundo tempo.
O comentarista lembrou que Muricy Ramalho está no Flamengo desde o início de temporada, enquanto Paulo Autuori tem apenas duas semanas de trabalho no Atlético-PR. No entanto, a diferença não se percebeu dentro de campo.
– A gente não vê uma distância tão grande entre o que Flamengo apresentou em campo para o que o Atlético-PR apresentou. Claro que tem muito de trabalho do Cristóvão Borges, que é trocado por resultados, no início da temporada, mas tem uma modificação ou outra do Paulo Autuori, que acabou de chegar. A distância não se cria em três meses, porque é tudo muito nivelado.
Raphael Rezende acredita que Muricy Ramalho tem o desafio de fazer os jogadores do Flamengo atuar de uma maneira diferente da caraceterística dos jogadores.
– A maior dificuldade do Flamengo é fazer o discurso do Muricy encaixar com os jogadores que ele tem (…) A característica dos jogadores do Flamengo é de arrancada, de explosão, de jogo vertical, velocidade e objetividade. Isso encaixa pouco no que o Muricy pensou para formatar esse 4-3-3 do Flamengo, que seria um time de posse, de controle no meio de campo. Acaba não batendo bem as características. O time joga com uma zaga alta, mas uma zaga lenta. No segundo tempo, os contra-ataques do Atlético-PR sempre estouravam nas costas da defesa do Flamengo. O Marcos Guilherme é muito rápido e levava vantagem. O jogo do Atlético-PR casa melhor com o que o Paulo Autuori propõe.
O Atlético-PR fará a final da Primeira Liga contra o Fluminense, que eliminou o Internacional na outra semifinal, no dia 7 de abril. O Flamengo volta a campo no sábado, para enfrentar o Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, pelo Carioca.
Fonte: Sportv
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