Velhas, mas infelizmente atuais, formas de conduzir o futebol. Estruturas caducas e corroídas pela falta de transparência e democracia. As entidades que comandam o futebol no Brasil estão diante de protestos das duas maiores torcidas do Brasil, do Flamengo e Corinthians.
As manifestações rubro-negras chegarão nesta tarde, a partir das 16h, aos patrocinadores do futebol. Com a hashtag #QuemPatrocinaFazParte pretendem pressionar as empresas. Entre os alvos do movimento estará a MasterCard, patrocinadora da CBF. Eles vão marcar o perfil da entidade e da empresa, inicialmente, com a frase: "Patrocinar esse futebol que a CBF organiza não tem preço".
A confederação virou alvo desde a noite de sexta-feira, quando impediu, a pedido da Ferj, o Flamengo de transformar o Mané Garrincha em sua casa nesta temporada, enquanto o Maracanã estiver fechado.
"O movimento inicial foi pelo Maracanã, pelos times do Rio não terem onde jogar. Criou-se um grupo de torcedores de várias partes do Brasil. Pedimos que deixem os clubes participarem da licitação do estádio. Se os clubes não quiserem, tudo bem, mas o governo não pode nos tirar desse processo", explicou Guilherme Salgado, um dos organizadores do protesto, ao blog.
"De sexta pra cá, o movimento se desmembrou após a CBF nos proibir de jogar em Brasília. Recebemos a adesão de diversos torcedores de outros times. Todos concordamos que as entidades devem passar por reformas. Politicamente não está dando certo. Diretores presos, envolvimento em corrupção. Vamos lançar um movimento mostrando às empresas que associar à marca da CBF não é benéfico. A ideia é atacar a entidade financeiramente", complementou.
Os flamenguistas chegam depois dos corintianos, que já se mobilizam há cerca de três semanas. Em SP, além da FPF, a TV Globo, está o promotor Fernando Capez, com histórico no combate às organizadas e que é suspeito de integrar esquema de irregularidades na compra de merendas no Estado.
Os protestos do Corinthians começaram com a principal organizada do time. Em SP, diferentemente do Rio, o clube também é cobrado, com faixas "Cadê as contas do estádio".
Na noite deste sábado, na vitória em cima do Oeste, uma nova faixa apareceu, em inglês "Football without fans is nothing". Os torcedores também criticam os preços dos ingressos.
Tanto no Rio, quanto em SP, torcedores também protestaram em frente às sedes das federações. Durante a última semana, outras hashtags também foram usadas: #oMaracaenosso e #oMeuMaraca. Nas redes, foram marcados os perfis oficiais do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (@LFPezao), do secretário de Esportes, Marco Antonio Cabral (@MarcoACabral) e do PMDB (@PMDB_Nacional).
Fonte: Espn
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