A novela que se arrasta desde agosto ganha novos capítulos a cada instante. Poucas horas após o Botafogo exercer a cláusula de renovação e depositar R$ 400 mil na conta de Willian Arão, o jogador devolveu o dinheiro aos cofres do clube.
A atitude deixa clara a intenção de Willian Arão em deixar o Botafogo. Com proposta do Flamengo, o jogador está apalavrado com o clube da Gávea, que espera anunciar o acerto logo após as eleições presidenciais, em 7 de dezembro.
Fato é que a atitude do Botafogo em depositar o dinheiro deixou o pai e empresário do atleta irritado. Especialmente pelo fato de o clube ter exercido a cláusula justamente no dia em que ele viaja ao Rio de Janeiro para encontro com o vice de futebol, Antônio Carlos Azeredo. Flávio Arão deixou São Paulo, de carro, no início tarde desta sexta. Na estrada, ele disse ao GloboEsporte.com estar “muito decepcionado” com o Botafogo.
O contrato de Willian Arão com o Botafogo prevê renovação automática por dois anos (até o fim de 2017), mediante pagamento de R$ 400 mil. Com o depósito, o clube espera adquirir mais 20% dos direitos econômicos do volante – totalizando 70%, uma vez que 50% já haviam sido estabelecidos no primeiro contrato. O valor da multa rescisória passa a ser de R$ 20 milhões. O fato de Willian Arão ter devolvido o dinheiro, no entanto, não muda em nada a situação, na opinião do Botafogo.
– Isso é inteiramente inválido. Temos como comprovar o depósito – frisou o vice-jurídico do Botafogo, Domingos Fleury.
O pagamento, no entanto, não significa que a novela teve seu capítulo final. Flávio Arão e o Flamengo questionam a legalidade da cláusula. Com a nova regulamentação da Fifa, desde o dia 1º de maio a entidade exige que os clubes sejam donos de 100% dos direitos econômicos dos atletas. No caso de Arão, Botafogo e jogador dividem, com 50% cada.
O Botafogo, no entanto, tem outra visão jurídica do caso. O clube confia na legalidade da cláusula, uma vez que o contrato com Willian Arão foi assinado em janeiro, antes da nova regulamentação da Fifa entrar em vigor. A regra não tem efeito retroativo, e o contrato está registrado na CBF e na Federação Carioca.
Fonte: GE
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