A austeridade financeira falou mais alto que a emoção do torcedor Eduardo Bandeira de Mello, e impulsionou a tentativa de reeleição do nome que, em 2013, foi a última opção da Chapa Azul. Depois de um triênio marcado por redução de dívidas e organização administrativa, mas com resultados pífios no futebol, Bandeira quer mais.
Porque você quer ser presidente do Flamengo mais uma vez?
O que leva principalmente é o fato de eu estar sendo escolhido por todas as pessoas que trabalham comigo, os grupos de apoio da atual diretoria, que colocaram a intenção deles de que eu voltasse a ser o candidato. Claro que me agrada muito a possibilidade de continuar um trabalho que começou em 2013. A partir do momento em que estou acompanhado por uma equipe excepcional, tudo fica facilitado.
Você entrou em 2012 como uma surpresa, torcedor de arquibancada. O que imaginava que seria viver o clube, ser presidente, e hoje qual a diferença da imaginação para a realidade?
Eu não esperava me tornar presidente do Flamengo em 2012, como torcedor, sócio. Quando a possibilidade se apresenta, tem que estar preparado. Desde o momento em que foi colocada essa missão tive que me preparar e fazer o melhor possível.
O grupo do início não está mais. Qual a sensação?
Não é grande parte do grupo. Quatro ou cinco pessoas de um grupo maior, só de vice-presidentes tem uns 15. Vários apoiadores continuaram apoiando. A grande maioria do grupo continuou conosco. E os grupos de apoio, que não são só políticos, mas técnicos. O SoFla que é tão combatido pelas outras chapas, considero o grupo que representa o futuro do Flamengo, de alto nível intelectual, excelente formação, que ajudam de maneira voluntária e desinteressada. Ao lado de outros grupos, como FAT, Sinergia Rubro-Negro, praticamente impuseram minha candidatura. Ninguém é candidato de si próprio, calcado em vaidades, tende a não dar certo.
Há uma candidatura de si próprio?
Não me cabe julgar. Posturar a presidência é um direito. O que está motivando as outras candidaturas eu não sou a pessoa indicada para julgar. Gostaria que o processo eleitoral se desse de maneira harmonioza.
Esse processo não começa a ficar perigoso, acirrado demais?
Tenho me surpreendido com algumas declarações e acusações gratuitas, que não vejo sentido. Preferia que fosse tudo no plano das ideias. Mas quando a gente parte para aventura como essa tem que estar preparado para tudo.
Foi o Wallim que convidou você para assumir o lugar dele?
Entre outras pessoas. O nome foi sugerido pelo Rafael Strauch, do SoFla, grupo do qual pertenço, meus filhos pertencem. Wallim era o candidato, tinham outros expoentes da Chapa Azul, Godinho, Bap, Pracownick. Eles aceitaram a indicação. Diria que é uma indicação conjunta. Todas as pessoas da chapa definiram que eu seria o plano B no caso da candidatura original ser impugnada.
Qual seria sua principal qualidade e a dos adversários e o ponto fraco seu e deles?
Não vi propostas de outras chapas. Estão atacando em questões pessoais. O ponto principal do nosso grupo, nesses três anos, foi a luta bem sucedida para recuperar as finanças do clube, a imagem do clube, a credibilidade, um trabalho excepcional na área jurídica, todo esse esforço na área administrativa, diria até política, porque o Profut é um marco na histórica do Flamengo. A gente já cumpre as contrapartidas previstas para 2021. Ele vai ter, já tem um reflexo financeiro positivo. Conseguimos cancelar uma dívida de quase R$ 90 milhões do dia para a noite, e vamos ter um alívio mensal no fluxo de caixa de cerca de R$ 1 milhão. Talvez tenha sido a cereja do bolo da nossa recuperação. Fomos mal no futebol, claramente. Você pode atribuir ao fato de não ter isso tão bem como nas outras áreas à recuperação financeira. Isso é verdade mas não explica tudo. Tem que ter a humildade de reconhecer que poderíamos ter ido melhor mesmo com recursos poucos. Foram erros que já identificamos e estamos corrigindo, e projetamos futuro para o futebol calcado em métodos científicos, diferente do que usamos no começo, e os recursos da recuperação financeira vão ajudar.
Os erros passam por escolha equivocada de profissionais remunerados e treinadores?
Não iniciamos o mandato aplicando no futebol os métodos científicos, que acredito que seja a única forma de administrar algo tão complexo. Todo resto é consequência. Se cometemos equívocos nas contratações de jogadores, é consequência de não termos esse aproach mais científico. Se existe um principal culpado por não ter ido bem no futebol, sou eu. Se outros falharam é porque tiveram a minha confiança, não me cabe jogar culpa em ninguém. Quem participou da administração tem que reconhecer e trabalhar para consertar os erros.
As pessoas que estão no futebol vão comandar esse novo processo?
Claro que pode sempre fazer um ajuste aqui, mas em 2015 já partimos para um caminho diferente, com certeza vai levar a resultados que a torcida vai gostar, mas que requerem algum tempo para mostrar resultados. Algumas mais outras menos tempo. Se tem mais recursos para reforçar o time, o elenco, isso é uma medida com efeito de curto prazo. Um jogador pode dar resultado imediatamente. Mas o investimento na base, que é a coisa mais importante, já começamos a fazer, entede que é o que vai garantir o futuro promissor para o futebol do Flamengo, é de longo prazo. Ele já começou, começa a ver resultados, mas para voltar a ter padrão de excelência dos anos 1980 vai demorar algum tempo, talvez no final do segundo mandato comece a vislumbrar alguma coisa.
Ex-jogador com história no clube pode ajudar nesse trabalho?
É uma preocupação permanente. As pessoas que fazem parte da história podem ajudar. O Benfica fez uma revolução na formação de jogadores em dez anos. Ele trabalha com profissionais de educação física, nutrição, todos qualificados na área de treinadores, jovens com mestrado, especialização, vivência em outros clubes, mas ao lado tem sempre um ex-jogador, alguém que pode vir a dar exemplo, de maneira que as experiências se juntem. O jovem bem formado com o ex-jogador que traz a experiência, junta a teoria com a prática, isso podemos aplicar no Flamengo.
É possível calibrar o preço de ingresso, com o Maracanã, ou renegocia e parte para uma alternativa própria?
O contrato tem que ser revisto. A intenção é o Maracanã ser nossa casa. Já temos parceiros e se houver modificação no marco regulatório da concessão, estamos habilitados a assumir e temos certeza que será um negócio rentável. O atual contrato não é positivo, foi assinado em uma época que não tínhamos opção, o Engenhão estava interditado, foi o que foi possível fazer. A gente tem certeza que no ano que vem o marco vai ser revisto e o Flamengo pode assumir o papel de protagonista. A data que vai fechar cada hora ouço uma data diferente.
O empréstimo de R$ 27 milhões junto ao consórcio vai ser equacionado de que forma?
Vai ser pago, está no nosso orçamento. Pode ser saldado mais rápido ou demorar mais dependendo da solução que for encontrada. A parceria que a gente vai estabelecer garante que vamos pagar de uma vez só. Se houver a mudança ele terá que ser pago e será pago. Esse valor (26 milhões) não é nada expressivo se contar com a possibilidade de ser o protagonista no Maracanã.
A dívida do Flamengo teve uma grande redução no primeiro ano, depois menos, até 2015, quando teve o Profut. Qual o plano para o segundo mandato em relação a ela, que está perto de R$ 500 milhões?
A dívida do Flamengo deixou de ser um problema insolúvel como no passado. Os torcedores podem considerar a partir de 2016 um problema equacionado. O total vai ser inferior ao faturamento no ano. E boa parte da dívida vai ser escalonada em 20 anos, remanescente do Profut, um valor de R$ 240 milhões, próximo da metade. O restante da dívida, acredito que pode ser considerada pouco expressiva em relação ao faturamento. A dívida impagável acabou. Temos que ter disciplina para manter a responsabilidade para evitar que o fantasma volte a assustar. Com as pessoas que estão aqui e as mudanças estatutárias que promovemos isso não vai acontecer.
No último balanço mostra R$ 140 milhões em empréstimos em bancos privados....
Tem que captar para fazer face ao serviço da dívida. Se tem concentração de vencimentos, e tinha um parcelamento dramático junto a Procuradoria da Fazenda Nacional...Tem 100 milhões vencendo no ano e 90 em caixa, pega 20 na iniciativa privada. A estratégia foi essa mesmo. Captar parte em empréstimo.
Investimento na base em três anos não cresceu... ficou em cerca de R$ 7 milhões, porque?
Vamos investir mais pesado porque geramos recurso para isso. A gente não investe mais dinheiro apenas, investe melhor. Tudo em termos de recursos humanos, excelência em performance e inteligência de mercado, principalmente nos garotos. Tendo mais recursos, como temos, vamos aumentar o valor investido na base.
Sócio-torcedor deveria votar?
Gosto da ideia, fica mais representativo a eleição. Hoje em dia tem um colégio eleitoral de sete mil sócios que é pouco expressivo. Se conseguir alargar essa base, claro que tem que tomar cuidado para evitar manipulação de eleição, que acontece em outros clubes. Para que o sócio-torcedor seja eleitor, tem que pensar numa carência, prazo mínimo, para evitar que alguém possa, entre aspas, comprar um voto. É um projeto para ser discutido.
Te assusta o avanço do Corinthians, em relação a estrutura e títulos? É o principal adversário do Flamengo?
São os dois clubes mais poderosos, o Flamengo em primeiro e o Corinthians em segundo. Nos últimos anos eles tiveram mais sucesso, e temos que reverter, passa pela recuperação financeira do clube, pela retomada, nada nos impede de aumentar essa diferença esportiva para eles. Eles fizeram bom trabalho de estrutura, tem Centro de Treinamento muito superior ao nosso, e estão colhendo. O time de 2014 era melhor que o de 2015 no papel, mas é esse que está ganhando o campeonato. Quando investe no futebol, investir na qualificação do elenco é importante, mas não é tudo. No Brasil e no exterior, temos que aproveitar os exemplos. Temos a maior receita do futebol brasileiro, a dívida é equacionável, nada nos impede de ser melhor que eles todos. É questão de trabalho e tempo, aproveitar o potencial.
O problema desse ano foi a instabilidade do time?
O nosso problema esse ano foi a instabilidade. Ganhamos seis partidas seguidas, alguns consideradas difíceis, passa a ser candidato ao título, não pode ser considerado um time ruim. E aí perde algumas partidas consideradas fáceis. Se fosse um elenco ruim manteria mais regular num nível de aproveitamento medíocre, mas não é. Pode performar melhor. Mas tem um desempenho pífio, é sinal de que alguma coisa está acontecendo. O investimento na inteligência e performance é fundamental. Contratamos o diagnóstico da empresa EXOS, estamos em negociação para implementar o projeto. Acho que vai ser um marco para a história do Flamengo. vai poder extrair o máximo daquele ativo, recurso humano, que são os jogadores. Esse trabalho, independente da contratação da consultoria, já começou. Isso passa pela aceleração do Centro de Treinamento. Soube-se sempre que ter o CT equipado era fundamental, mas quando o recurso é escasso passa a ser problema de fluxo de caixa e não custo-benefício. O caminho é investir na base, inteligência e excelência em performance, e aí não vai ter a instabilidade de hoje, além de qualificar o elenco. Qualidade, base, inteligência e performance.
Se voltasse em 2013, 2014, não poderia ter deixado de apostar em algum jogador para terminar o CT? É o custo do Guerrero em um ano... e ele veio para treinar em local que não é ideal...Foi só falta de dinheiro?
Tem que calibrar os dois objetivos. Qualificar o elenco sempre. A torcida é exigente. Agora, passou o tempo, talvez seja fácil voltar atrás e dizer que faria isso e aquilo, é possível que a gente sacrificasse elenco para o investimento maior em estrutura. Tem que olhar para o futuro, porque o passado não dá para reescrever.
Como acha que vão avaliar o seu mandato no futuro?
Não estou preocupado. Quero que o Flamengo ganhe. O que marcou não foi a administração de uma pessoa. O período vai ser lembrado como o início de uma fase de recuperação, dignidade, da saúde financeira do Flamengo. Trabalho de amadores e profissionais qualificados. Se existe uma promessa cumprida totalmente, foi dotar o Flamengo de uma administração profissional.
Qual não foi cumprida?
Não diria que, intenção de ser campeão de tudo a gente tinha, mas não podíamos prometer. A intenção de dotar o clube de administração profissional foi cumprida imediatamente.
O racha mostrou que o Flamengo é personalista, por causa dos poderes do presidente?
O regime do Flamengo é presidencialista, diria que de maneira objetiva é mais, é quase ditatorial. O presidente tem poderes para fazer coisas, que se for irresponsável, pode causar prejuízo enorme. Eu não usei dessas prerrogativas, não porque sou bonzinho, mas não funciona. As grandes administrações são participativas. Sempre fui assim na minha vida profissional. Não acredito em administração personalista. Quem tem a equipe que o Flamengo tem, tem que estimular a forma compartilhada. É assim que vai funcionar. Essa coisa do presidente que aparece, a figura naturalmente aparece mais, pelo cargo, pelo fato de eu, entre os dirigentes, ser o único que dedico tempo integral, é natural. Sinceramente não acredito em administração ditatorial e baseado nos poderes que o estatuto me confere, trabalhei de forma participativa.
Pela experiência com quem saiu, há espaço para reunificar após a eleição?
Acho que todo rubro-negro que seja de verdade e tenha interesse em ajudar o Flamengo, não vai ter impedimento da minha parte. TEm pré-requisitos. Pessoas educadas, que não coloquem intolerância, arrogância, prepotência acima dos interesses do Flamengo, e tem pessoas nas outras chapas que preenchem esses requisitos, quem quiser ajudar vai ser bem-vindo.
Isso vale para ex-presidentes como Márcio Braga, Kleber Leite, Patricia Amorim?
Nunca fizemos acordo fisiológico, apoio em troca de cargos, poder. O próprio presidente kleber Leite vinha declarando apoio à Chapa Verde, agora se posicionou pela Azul. Temos que agradecer. Acho importante os que nos apoiaram, que foram oposição a nossa administração, contra as quais a gente se posicionava, se estão apoiando, fizemos algo de bom, porque não demos nada em troca. É o reconhecimento de um bom trabalho, independente de quem seja, só posso agradecer, porque está rendendo frutos.
Depois de três anos entende que houve algum massacre a ex-presidente Patricia e há ressalva a ser feita, houve alguma conversa?
Nunca vai ver nenhuma declaração minha ofensiva a presidente Patricia Amorim na pessoa física, nem a qualquer dirigente. A gente diverge no campo das ideias, fui oposição a ela, mas nunca ofendi, inclusive no discurso de posse. Isso vale para todos, ex-presidentes, figuras importantes. Ofensa, intolerância, prepotência, arrogância, não faz parte da minha maneira de ser.
A relação com a Federação do Rio vai ter reconciliação? Virou pessoal?
O Flamengo não foi respeitado naquele arbitral, não foi a pessoa do presidente, o clube foi acusado de estar roubando os coirmãos através do programa de sócio-torcedor. Fazemos oposição desde antes, pela transparência que não existe, nepotismo, cotas de TV, soltamos uma nota na época da reeleição da atual diretoria. Vasco e Fluminense nos apoiaram e depois Flamengo e Fluminense soltaram uma nota esse ano. Não é uma oposição a pessoas. Do jeito que as coisas estão no futebol carioca, não existe possibilidade de diálogo, entendimento, a menos que as coisas lá mudem. Para recuperar o futebol do Rio, que está em processo de falência quase irreversível, tem que haver algum tipo de transgressão. Na obra "A Alma Imoral" diz, toda evolução começa com uma transgressão, e a gente entende que ela é necessária.
DE WALLIM PARA BANDEIRA
A Chapa Verde conta hoje com os principais nomes da chapa que ganhou a eleição em 2012. Wallim (no futebol), Tostes (nas finanças), Landim (no planejamento), Bap (no marketing) e Gustavo (nas Comunicações) foram os principais responsáveis pelas importantes mudanças pelas quais o Flamengo passou nestas áreas. Da Chapa Azul de hoje, quem efetivamente pode ser considerado responsável por alguma melhoria feita nestes quase três anos de administração?
Respeitamos as pessoas que participaram desse triênio e optaram por seguir um outro caminho. No entanto, elas fizeram parte de um grupo. Dos 15 vice-presidentes, dez permaneceram - o que representa uma maioria esmagadora do grupo que mudou o Flamengo.
O Claudio Pracownik, sócio e diretor do Banco Brasil Plural, trouxe expertise da carreira de sucesso no mercado financeiro para arrumar a casa e profissionalizar a administração do clube, premiado duas vezes como a melhor gestão do Brasil. O Dr. Flávio Willeman, Desembargador Eleitoral do TRE-RJ, comandou a equipe do Jurídico no brilhante trabalho que culminou na redução das cerca de 500 ações trabalhistas contra o Flamengo a quase 60 e o fim de penhoras nas nossas receitas.
Nossa equipe se reforçou e renovou. Podemos citar nomes como Marcelo Haddad (presidente da Rio Negócios) e Humberto Mota (CEO da Dufry do Brasil). Dois colaboradores trouxeram, em pouco tempo, excelentes resultados. José Rodrigo Sabino, no Marketing, promoveu ações inovadoras no programa de sócio-torcedor, que saiu de 53 mil para mais de 70 mil - um crescimento de mais de 30%. Antonio Tabet está revolucionando a Comunicação e estabelecendo parcerias fantásticas.
Como o senhor, presidente do Flamengo, aceitou que o senhor Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético Mineiro, um dirigente claramente contrário ao Flamengo - a ponto de declarar que o valor que a Rede Globo de Televisão pagava ao Flamengo era um escândalo - fosse o CEO e negociasse em nome do clube as cotas de TV e tudo mais o que diz respeito à recém-criada Liga Sul-Minas-Rio?
Não existe qualquer problema em participarmos de uma entidade que tem como profissional um ex-dirigente de outro clube. O Flamengo não irá aceitar nada que prejudique nossos interesses ou que modifique posições que consideramos direito justo e adquirido. Por esse princípio, ele retomou sua posição de vanguarda e está abrindo um caminho novo. A Primeira Liga será muito atrativa e uma importante fonte de recursos no primeiro semestre. Teremos, como sempre, uma receita de TV condizente com o tamanho do Flamengo.
DE CACAU PARA BANDEIRA
Como o senhor avalia a participação do candidato Wallim na vice-presidência de Futebol e na de Patrimônio?
A participação dele na vice-presidência de Futebol foi marcada por erros e acertos. Não foi o responsável exclusivo nem pelas conquistas, nem pelos fracassos. Foi parte do aprendizado de todo grupo esse período, em que as decisões eram mais empíricas e menos científicas - o que mudou muito nesse último ano. Infelizmente, diante de desgastes provocados pela condução das saídas dos treinadores Mano Menezes e Jayme de Almeida, assim como a frustração pela não contratação de Elias, ele nos surpreendeu pedindo para se afastar do cargo. Era um momento complicado do Flamengo no campeonato, estávamos em último lugar na tabela.
À frente do Patrimônio, ele se empenhou na busca das licenças para a construção da nossa arena multiuso na Gávea. É um projeto incrível para o clube e a cidade, sem nenhum custo para nós. Tivemos boas notícias recentemente, com o documento oficial da CET-Rio liberando a construção. Quando obtivermos as duas últimas permissões para iniciar a obra, Wallim poderá se orgulhar de ter dado sua contribuição para esse legado.
Qual a sua opinião sobre o Wallim se candidatar à presidência depois de abandonar a vice-presidência de Futebol quando o Flamengo estava no Z4 em 2014?
Foi uma decisão de cunho pessoal. À época, ele alegou estar muito pressionado pelos resultados adversos. Cada um tem seu limite e sabe quanta pressão pode suportar. Os maus resultados o fizeram interromper o trabalho. Temos que aceitar quando colegas chegam ao limite e não conseguem levar a missão até o fim. Em seguida, Alexandre Wrobel fez um ótimo trabalho e conseguimos reverter aquela situação crítica. Nosso aproveitamento no segundo turno foi do nível dos times que estavam no G4.
Fonte: Extra
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