Uma candidatura de situação pela proposta apresentada, mas de oposição por ir contra o atual modelo de gestão do Flamengo. Assim Wallim Vasconcellos, candidato à presidência do clube e exonerado nesta terça-feira pelo próprio presidente Bandeira de Mello, definiu o posicionamento de sua chapa. Mas vai além. A ideia foi indicar que o Flamengo depende, de acordo com eles, muito de contatos para passar com sucesso pelos próximos anos. Capitaneados por Bap, os dissidentes negaram que a Chapa Azul esteja rachada ou desunida. E ressaltaram terem importância e apoio do mercado, citando gigantes como Facebook e Google.
Primeiro, em uma tentativa de comprovar que a Chapa Azul permanece quase intacta, Wallim e Bap distribuíram um folheto de 2012 com 16 nomes integrantes da gestão que assumiu o Flamengo na ocasião. Acima de cada nome, o candidato que apoiam agora. 11 apoiam Wallim, dois o presidente Bandeira e três ainda se mantêm em cima do muro. Bap leu nomes em cima da mesa de rubro-negros que apoiaria a chapa de Wallim Vasconcellos no pleito.
"Vamos projetar o que era a chapa original e ver como estão. Racha é um termo interessante. Parece que pegou uma barra de chocolate e quebrou ao meio. Temos alguns nomes que se juntaram a tudo isso. Temos Fábio Coelho, presidente do Google. Marcelo Lobianco, do Facebook. A um grupo que já era forte e robusto, nos estamos juntando rubro-negros ilustres. E tem mais uns 35 nomes que poderíamos citar. Os desafios do Flamengo serão muito grandes. Nessa situação que o Brasil está passando relacionamento, capacidade de gestão e de execução vão ser absolutamente fatores críticos de sucesso", disse Bap.
Dissidente da atual gestão desde fevereiro, quando entrou em conflito direto com o presidente Bandeira de Mello, o ex-vice de marketing tem personalidade forte. Em determinado momento, ele relembrou a renegociação do contrato com a Adidas, no fim de 2012, e a considerou como um crédito pessoal. Em outro instante, garantiu que Eduardo Bandeira de Mello teve dificuldades para conseguir um encontro com o presidente da Caixa Econômica Federal para discutir a renovação do patrocínio. Ruben Osta, presidente da Visa e um dos integrantes da Chapa Azul, teria intercedido a favor do mandatário. Bap, então, bateu forte na tecla de credibilidade pessoal. E decretou:
"O Flamengo é 100% dependente dos contatos pessoais. Ninguém dá nada absolutamente de graça ao Flamengo porque o Flamengo é o Flamengo. Eu tenho sonho de estar aqui daqui a oito, dez anos com uma fila de pessoas querendo associar sua marca ao Flamengo. Seja porque ainda estamos numa trajetória ou pela realidade econômica do país. O Flamengo é 100% dependente disso", disse Luiz Eduardo Baptista.
Ao seu lado, Wallim Vasconcellos ouvia tudo atentamente. E aproveitou para embarcar na onda e fazer uma ressalva, com tom eleitoral minutos após ser exonerado do cargo de vice-presidente de patrimônio, sobre o futuro dos negócios do clube.
"A própria saída nossa, do Landim e tudo...os patrocinadores, os financiadores vão começar a ligar. Se bobear vão começar a recolher um pouco a exposição no Flamengo porque não sabem o que vai acontecer na eleição de dezembro. Já pode começar a afetar o clube também", completou Wallim Vasconcellos.
O lançamento oficial da chapa "Vencer, Vencer, Vencer", com direito a coquetel, deve ser realizado ainda neste mês de agosto. A artilharia pesada, no entanto, já foi aberta.
Fonte: Espn Brasil
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