Se há algo de elogiável na gestão Eduardo Bandeira é o modelo de administração financeira que em dois anos recuperou parte da saúde do clube.
E, apesar do racha no grupo que assumiu o poder em 2013, o compromisso em reduzir as dívidas fiscais e trabalhistas segue sendo prioridade.
Mas já há um ponto de discórdia. Parte da diretoria alerta para a necessidade de o Flamengo fazer dinheiro com a venda de um jogador este ano _ operação que possa injetar algo em torno de R$ 10 milhões no resultado de 2015.
A outra parte, com a qual o presidente rubro-negro mais se afina, defende as "pedaladas contábeis" que significam ir aos bancos atrás de empréstimos.
O balanço financeiro ficaria bonito, com o superávit em crescimento, deixando o acréscimo no passivo para o exercício de 2016.
Este expediente fere os princípios estabelecidos pelos idealizadores da Chapa Azul, em meados de 2012, que se comprometeram em transformar o Flamengo num clube modelo em termos de gestão.
E foi assim nos dois primeiros anos. Agora, porém, em meses que antecedem um novo período eleitoral, as divergências se acentuam.
Para uns, o clube deve seguir na direção do saneamento, qualificando o elenco e buscando melhores performances com responsabilidade _ há uma série crise financeira afetando as grandes instituições e o Flamengo precisa estar preparado para encará-la.
Para outros, o principal objetivo tem de ser a busca de novas conquistas no futebol, única forma de convencer sócios e torcedores de que o modelo aplicado no início de 2013 merece mais um mandato de três anos.
Talvez não haja certo ou errado na discussão.
Mas o tema, se não tratado com o cuidado que merece, poderá provocar novas baixas na diretoria rubro-negra...
QUEM?
Ainda que haja o consenso, só vejo duas opções atraentes para o mercado: o zagueiro Samir, de 20 anos, cuja metade dos direitos econômicos pertence ao Audax/RJ, e o lateral-esquerdo Jorge, 19 anos, convocado para a seleção olímpica.
Fora estes dois, não vejo quem possa atrair o mercado, deixando em caixa os R$ 10 milhões esperados.
Fonte: Gilmar Ferreira
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