A procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) analisa as declarações do presidente do Santos, José Carlos Peres, e do técnico do Flamengo, Jorge Jesus, sobre arbitragem para saber se oferece denúncias contra ambos.
A decisão sobre se haverá uma ação contra o dirigente e o treinador depende se procuradores vão considerar graves as falas.
Há duas semanas o debate sobre arbitragem tem permeado a disputa do Brasileiro desde que o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, disse que o VAR não vinha atuando em jogos do Flamengo como nos de seu time.
Posteriormente, Peres deu declaração em tom parecido. Após erros em partida no Paraná, o técnico rubro-negro, Jorge Jesus, reclamou do árbitro Bráulio Machado e da equipe do VAR. Após o confronto na Arena da Baixada, Jesus afirmou: "Não vim preparado para jogar contra o juiz." Antes disso, na sexta-feira, o presidente santista Peres afirmara: "Se depender do VAR, o Flamengo será campeão."
Procuradores do STJD analisam se as declarações podem ser enquadradas nos artigos 258 e 243-F do código disciplinar. O primeiro item trata de conduta contrária à disciplina ou à ética, incluindo desrespeito a árbitros. A punição vai de multa a suspensão de uma a seis partidas. Já o segundo artigo trata de ofensa à honra, o que também pode ser para árbitros. Neste caso, além de multa, a pena possível é de um a seis jogos. Ainda não há data para a procuradoria decidir se vai oferecer denúncia contra ambos. As declarações de Galiotte não foram vistas como agressivas a ponto de gerar uma denúncia.
Fonte: Rodrigo Mattos / Uol
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