A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi palco, nesta quinta-feira (05), de uma audiência pública em que foi debatida a reabertura dos setores populares do Maracanã. O Flamengo, como administrador atual do estádio, esteve presente e se manifestou a favor, por meio do gerente de Operações de Estádios do clube, Severiano Braga, mas com ressalvas:
– O Flamengo já consultou os bombeiros sobre a volta da geral, mas sabe que existem limitações técnicas. Além disso fica a pergunta: Por quanto tempo o estádio ficaria fechado e quem vai pagar esta conta? -, indagou.
Botafogo e Vasco, além do Fluminense, parceiro do Mais Querido na administração do Maracanã, mandaram representantes à Alerj. E assim como o Flamengo, se mostraram favoráveis diante das comissões de Esporte e Lazer, Obras Públicas e Política Urbana do órgão estadual. No encontro, foi debatido o projeto de lei 4.260/18, que autoriza obras no estádio para criação de uma nova geral:
– Atualmente o Maracanã virou um estádio elitizado, onde o povo não tem vez. A volta da geral seria um resgate da cultura carioca. Os Geraldinos, como eram chamados os frequentadores da geral, eram os mais calorosos e assíduos torcedores – defendeu o presidente da comissão de Política Urbana.
Por outro lado, o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), na figura do coronel Rodrigo Fernandes Polito, enumerou que tal medida necessitaria de uma obra de grande porte, envolvendo ampliação de corredores, aumento dos números de banheiros e bares, além de instalação de barreiras anti-esmagamento.
– Há um consenso em popularizar o Maracanã. Mas todo tipo de intervenção tem que ser muito bem pensada. Hoje o Maracanã é um dos estádios mais confortáveis e seguros do mundo – disse o coronel.
Ao fim da audiência e em comum acordo entre as partes, ficou decidido o chamamento à questão de entidades interessadas, como Federação Internacional de Futebol (FIFA), Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) para incrementar a discussão.
Fonte: Coluna do Flamengo
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