quarta-feira, 12 de setembro de 2018

CBF sequer enviou médicos para "confirmar" lesão de Fagner


Há pouco menos de um ano, em outubro do ano passado, o meia Diego, do Flamengo, foi convocado por Tite e cortado após dores musculares na coxa esquerda.

O diagnóstico da lesão (grau leve) foi feito na Granja Comary, na presença de membros da comissão técnica e médica da CBF.  Cenário parecido - com diferenças importantes na visão da CBF - ao de Fagner, do Corinthians, pivô de mais um capítulo de rusgas entre o rubro-negro e a cúpula da entidade, acusada nos bastidores pelos cariocas de favorecimento ao time de Andrés Sanchez.

Um ponto de alarde dos rubro-negros foi o fato de o lateral corintiano não ter se apresentado aos médicos da CBF, nem ter sido avaliado pessoalmente pela comissão técnica. A diferença na conduta entre o corte de Diego (ano passado) e o corte de Fagner é o ponto central da reclamação.

Acreditam que a CBF foi leniente ao acreditar na gravidade da lesão (que apontava recuperação de 3 a 4 semanas). E que deveria ter visitado o atleta para ter certeza das condições, como fez com Diego, que mesmo tendo o diagnóstico avisado pelo departamento médico do clube, com exames, pediu que o jogador comparecesse à concentração.



Outro ponto é o fato de Fagner ter sido desconvocado, condição que o deixou livre para atuar, uma vez recuperado. Questionam os rubro-negros a diferença no status do atleta para o de Renato Augusto. O meia pediu dispensa da seleção, que não foi atendida, e continuou convocado, ficando impedido de atuar em qualquer condição, em qualquer clube.

O blog questionou a CBF sobre as diferenças apontadas. Responde a entidade que o caso de Diego foi diferente por alguns motivos: por ele ter se lesionado na noite anterior (Flamengo x Ponte Preta), véspera da apresentação, e pelo fato de os jogos que o meia acabaria desfalcando a seleção terem sido de maior relevância (Bolívia e Chile, eliminatórias).

Fagner se machucou no jogo contra o Colo-Colo (29/08), pela Libertadores. Mas sua lesão somente foi anunciada dois dias depois (31/08). A apresentação à seleção se deu somente nos dias 2 e 3/09.

Ainda segundo a CBF, o médico Rodrigo Lasmar recebeu exames de imagem e diagnóstico detalhado, com comprovação em documentos, da lesão do lateral. Segundo a entidade, não havia hipótese de ele ser utilizado nos dois jogos, por isso, foi cortado e desconvocado.


A comissão técnica não fez o mesmo com Renato Augusto, mantendo-o convocado e impedido de atuar, pois não concordou com o pedido de liberação do atleta, situação que não é sequer parecida com a de Fagner, na avaliação do time de Tite.

No entanto, os médicos e os exames estavam errados. E na metade do mínimo tempo previsto para sua recuperação, Fagner está disponível. Não a Tite, mas ao time de Andrés, que anunciara: "Se eu perder para o Bandeira, eu paro". Não perdeu e vai continuar.

Fonte: Espn

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