Quem não teve tempo, disposição ou (principalmente) dinheiro para ver a final in loco teve de se contentar com os bares e festas nas ruas do Rio de Janeiro.
Na Zona Sul, o Baixo Gávea era um mar de camisas rubro-negras. Homens e mulheres das mais variadas faixas etárias — com os jovens em maior número.
O clima era parecido com o de estádios, tanto pelo lado bom, com músicas e cantos, como pelo lado ruim — torcedores acenderam sinalizadores e soltaram bombas em plena rua.
Assim como já acontecia antes do jogo, o goleiro Alex Roberto era o mais saudado — com um quê de ironia. Cada defesa, por mais simples que fosse, era acompanhada por um grito de “É o melhor goleiro do Brasil!”. Quem ia mal também não era poupado — caso de Diego.
— Queremos ver o Flamengo campeão. Aqui, gritamos, mas é para incentivar — garantiu o estudante Lucas Pinheiro, de 22 anos.
Enquanto muitos eram visivelmente fanáticos, como Lucas, outros pareciam estar lá pela festa, pela companhia mais do que pelo esporte.
— Se for 0 a 0, quem ganha? — perguntou uma torcedora desavisada, ao amigo, durante o primeiro tempo.
À medida que o tempo passava, a torcida ia ficando mais tensa e temerosa. A possibilidade da decisão por pênaltis, principalmente com o retrospecto nada favorável de Alex, tornou-se uma preocupação a mais. “Não sei se vou conseguir ver”, dizia um. “Não tenho coração para isso”, acrescentava outro.
Até mesmo os vendedores ambulantes estavam devidamente vestidos para a ocasião: praticamente todos de vermelho e preto. Uma bandeira amarrada em duas árvores transformava o local, ao menos na noite de ontem, num quartel rubro-negro.
O clima ficou mais tenso durante os pênaltis. A gritaria deu lugar ao silêncio e à tensão, quando Diego desperdiçou.
E quando Thiago Neves colocou a bola na marca do cal, o recorde de xingamentos foi batido.
Fonte: Extra
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