quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Ao escolher árbitro de SP "tranquilo", perfil alivia Cruzeiro que tem 6 pendurados na Final, Sálvio Spinola analisa:



Marcelo Aparecido de Souza, de 44 anos, foi o nome sorteado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para ser o árbitro de Flamengo x Cruzeiro, no primeiro duelo da grande final da Copa do Brasil, nesta quinta-feira, às 21h45, no Maracanã.


Ele será auxiliado por Anderson José de Moares Coelho (SP/CBF) e Bruno Salgado Rizo (SP/CBF). A inclusão do trio paulista na pauta da decisão pode ser contestada por ele não fazer parte do quadro Fifa no Brasil.

Porém, as atuações recentes credenciam os três profissionais do apito como alguns dos melhores do país na atualidade.

Para o comentarista de arbitragem Sálvio Spínola, mesmo sendo uma surpresa a participação de Marcelo no sorteio, a escolha é entendida como uma manutenção nos critérios adotados pela CBF e passa pelo seu bom momento nos últimos anos. A pedido do Superesportes, o ex-árbitro analisou as características de trabalho de Marcelo Aparecido de Souza e indicou que o estilo pode combinar com uma boa atuação neste primeiro confronto entre Flamengo e Cruzeiro.

“O Marcelo Aparecido tem como característica de não tomar grandes decisões e interferir tanto no jogo. É um árbitro que tenta equilibrar mais o jogo, acalmar mais os jogadores. No jargão da arbitragem, o mais importante em um primeiro jogo de final é entregar o jogo limpo para a finalíssima e não levar problemas para o grande jogo. Passar despercebido no primeiro jogo é o mais importante e é um trabalho bem feito”, apontou Sálvio Spínola.

Marcelo já apitou três partidas do Cruzeiro e duas do Flamengo na temporada. Naquela que pode ser considerada a mais importante entre as cinco, no primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil entre Grêmio e Cruzeiro, em Porto Alegre, o trio de arbitragem liderado por ele teve papel decisivo e se destacou pela sintonia para a correção de um lance específico.

Aos 15 minutos do segundo tempo, o gremista Luan foi derrubado na entrada da área pelo cruzeirense Ezequiel. Como o atacante tricolor caiu alguns metros à frente do local da infração, Marcelo Aparecido de Souza marcou pênalti. Contestado pela equipe celeste, o árbitro consultou o assistente Bruno Salgado Rizo, que corrigiu o lance para a decisão correta, a um passo da linha da grande área.

“A CBF optou por colocar o Marcelo Aparecido porque o trio vive um bom momento. É um trabalho em equipe e a CBF tem repetido a mesma equipe de arbitragem. Eles trabalharam no jogo Grêmio e Cruzeiro, no primeiro encontro pela semifinal, e o Rizo, assistente número dois, auxiliou muito bem naquele lance de falta fora da área em que o Marcelo marcou pênalti e voltou atrás, marcando a falta. Foi um ponto positivo. Ressalto também que o Marcelo já apitou 'meia' final da Copa do Brasil, talvez menos de meio jogo, naquele Palmeiras e Santos em que o árbitro Luiz Flávio de Oliveira se lesionou e ele entrou apitando a parte final da partida”, analisou o comentarista de arbitragem.

“No mundo da arbitragem, foi uma surpresa não ser um árbitro Fifa. O Brasil dispõe de 10 árbitros Fifa, que podem atuar, são os árbitros mais qualificados. Lógico que o Ricardo Marques não poderia, por ser de Minas. O Rio hoje tem o Wagner Magalhães. Então restam oito opções que poderiam participar do sorteio para apitar a final e a CBF colocou o Rodolpho Toski, do Paraná, junto com o Marcelo para o sorteio. A opção são os melhores e entende-se que os Fifa são os melhores. O Marcelo Aparecido não é Fifa, mas, de dois anos para cá, tem apitado os principais jogos e está no grande cenário do futebol brasileiro. No futebol paulista ele já vem apitando clássicos e finais. No cenário nacional, pode-se dizer que, com grande sequência, não tem três anos que ele está nos grandes jogos”, complementou Sálvio.

Nos últimos dez jogos apitados por Marcelo Aparecido de Souza na temporada, o paulista distribuiu, em média, 4,7 cartões amarelos por partida. Foram 47 punições do tipo aplicadas em oito compromissos pelo Série A do Campeonato Brasileiro, um pela Copa do Brasil e um pela Série D. Nesses confrontos, o árbitro só usou o cartão vermelho uma vez, ao expulsar o meia equatoriano Orejuela, do Fluminense, por acertar o antebraço na boca do adversário em disputa de bola.

Fonte: Mg Super Esportes

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