terça-feira, 18 de julho de 2017

Lateral Brasileiro diz que sonha voltar ao Flamengo,confira:



O Flamengo segue atraindo olhares e interesses de vários atletas no Brasil e no mundo. Após declarações dadas por Daniel Alves e Neymar, outro atleta manifestou interesse em jogar pelo clube da Gávea, o lateral Michel, revelado nas categorias de base do Rubro-negro carioca.


Destaque do Las Palmas na última temporada, Michel, em entrevista ao LANCE!, falou sobre a possibilidade de voltar ao Flamengo no futuro.


– Claro que gostaria de voltar ao clube. O meu sonho é voltar ao Flamengo, onde fui criado e fiquei mais de três anos na base. Participei do futsal do clube, tenho uma história no Flamengo. Se eu tiver a oportunidade de retornar algum dia, volto sem dúvidas. Considero o Flamengo como se fosse minha casa.

No futebol espanhol desde 2008, quando chegou ao Almería, o lateral revelou como surgiu essa primeira oportunidade no exterior e a adaptação em um novo país.

– Eu jogava na base do Flamengo, mas fui fazer um campeonato com a Seleção na Espanha. Havia alguns dirigentes de times espanhóis e um diretor do Almería estava lá, teve um jogo que fui bem, consegui me destacar, e logo depois ele entrou em contato, perguntando se eu gostaria de atuar no futebol do país, no Almería. Disse a ele que era um sonho jogar no exterior. Meu representante na época, o Eduardo Uram, fez toda a negociação para que eu pudesse jogar na Europa. Com 18 anos, pude sair do Brasil e me tornar profissional na Espanha. No começo, foi bastante difícil. É tudo diferente, o clima, a comida… tudo é bastante complicado. Você sai do Brasil, estava com sua família, as pessoas que você gosta, para poder ir para outro país e sozinho. É muito difícil. Mas com três meses eu já estava conseguindo falar um pouco do espanhol, isso facilitou um pouco também. Não demorou muito e minha mãe foi para lá ficar comigo, me ajudar, e logo pareceu que eu já estava em casa. 

Durante sua passagem na Espanha, Michel chegou a ser emprestado ao Atlético-MG, quando foi titular na partida do título da Libertadores. O jogador falou dessa experiência.

– Não esperava, até porque estava no banco no primeiro jogo contra o Olímpia, fora de casa, estávamos perdendo já por 2 a 0. O Marcos Rocha já tinha cartão amarelo. Não esperava jogar, mas ele acabou sendo expulso faltando cinco minutos para o fim da partida. Na hora, o treinador olhou para o banco, os jogadores olharam para mim, fiquei um pouco surpreso. Durante a semana estava treinando como titular, sabendo que poderia jogar, mas havia outro jogador da minha posição que também estava treinando. E pude jogar a final, fui bem e ajudei o Atlético a sair campeão.

Michel chegou ao Las Palmas em 2016, após passar seis temporadas no Almería – e mais duas emprestado ao Atlético-MG. As boas atuações chamaram a atenção do Barcelona, mas uma lesão muscular na coxa direita prejudicou qualquer tipo de negociação. O lateral contou como foi toda situação.

– A ligação com o Barcelona começou quando o time estava bem. O Las Palmas vinha fazendo um bom campeonato até o início de fevereiro, mas logo tive uma lesão que me tirou dos campos por dois meses, o que atrapalhou bastante a negociação. Mas ficou apenas no rumor, mas gente de dentro do Barcelona já tinha comentado com dirigentes do Las Palmas a possibilidade de eu ir para lá. Só que infelizmente não aconteceu pelo fato de eu ter me lesionado e ficado fora por esse período. O time estava bem, eu estava conseguindo me destacar. Dei algumas assistências, ajudei bastante o time. O começo da última temporada foi o meu melhor momento. 

Outros times da Europa também demonstraram interesse, como revelado pelo próprio Michel.

– Teve o Brighton & Hove Albion, o Newcastle, o Galatasaray, Lille, Barcelona. Vejo como reconhecimento do meu trabalho. Se você consegue desempenhar bem o seu papel, logo vem o interesse das equipes. Teve até mais times que demonstraram interesse em me contratar, mas as negociações também não evoluíram tanto. Perguntaram como eu estava, se tinha possibilidade de contratar, mas não chegou uma proposta concreta para que eu pudesse estudar e, quem sabe, fechar. Foram só rumores, que me fortalecem bastante para chegar nesta temporada e fazer ainda melhor do que fiz na passada.

O brasileiro contou como é enfrentar grandes craques como Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e Ibrahimovic.

– É bastante complicado. São muitos jogadores de qualidade no futebol espanhol que é difícil falar um nome. Entre eles, o mais difícil que eu marquei até hoje foi o Neymar. Ele é muito diferente, tem uma qualidade tremenda, o que dificulta a marcação. O Cristiano Ronaldo também cai pelo meu lado, mas o Neymar é diferente. Ele tem algo que… não sei explicar. Tem velocidade, qualidade, mistura tudo. Eu enfrentei o Ibrahimovic em apenas uma oportunidade. No outro jogo eu fiquei fora por estar lesionado. Mas neste jogo, foi bastante complicado. Ele é muito alto, gosta de usar bastante o corpo, o que complica para os marcadores. Ele tem muita qualidade com os pés. Mas nada se compara ao Neymar.

Recentemente, o Torcedores.com trouxe a informação do jornal “Marca” que Michel poderia atuar pela seleção espanhol, já que possui dupla cidadania (leia na íntegra acessando ao link). O jogador falou mais uma vez sobre essa possibilidade e a forte concorrência na seleção brasileira.

– Já tenho a dupla cidadania faz um ano e meio. O técnico da Espanha ainda não me procurou, ainda não chegou nenhuma informação diretamente a mim sobre o interesse. Só alguns diretores do Las Palmas que me perguntaram se eu gostaria de um dia poder atuar pela seleção, falaram que tinha gente da Fúria de olho. Respondi que sim, não iria fechar as portas. Foi na Espanha que consegui me tornar profissional. Lógico que todo jogador sonha em atuar pela seleção do seu país, mas como não tenho chances de poder jogar pelo Brasil, se a Espanha me chamar, vou sem dúvidas. A Seleção Brasileira tem muitos laterais. Quatro ou cinco que podem ser convocados. Mas na Espanha também não é fácil. Tem o Carvajal, Azpilicueta, Bellerín e outros que já têm nome e atuam em times grandes. Seria bastante difícil jogar na Fúria também, mas como recebi a notícia que já tinha gente de olho, os diretores esportivos do clube já perguntaram se eu gostaria de atuar pela seleção, acho que seria até mais fácil entrar na equipe espanhola do que na brasileira.

Fonte: Torcedores.com

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