O pai do meia Diego, do Flamengo, Djair Cunha, disse que o filho teve outras propostas de clubes brasileiros no ano passado, quando acertou seu retorno ao país para jogar no Rubro-Negro.
Djair, que também é empresário do jogador, afirmou que não houve acordo com os outros clubes, mas comemorou a escolha pelo time carioca.
“Nós tivemos contato com vários clubes no Brasil, mas a parte financeira não estava se encaixando. E o grande objetivo do Diego era jogar em um grande clube do Brasil. E isso aconteceu vindo para o Flamengo”, afirmou o empresário, em entrevista exclusiva concedida ao Torcedores.com em Portugal, onde está jogando a Copa AFIA, um torneio internacional de futebol master, em uma categoria para atletas amadores acima dos 60 anos.
Djair afirmou ainda que não vê problemas na relação de Diego com a torcida do Santos, clube onde ele foi revelado na conquista do título do Brasileirão de 2002, por ele ter escolhido o Flamengo em seu retorno ao país.
“Eu acho que a torcida (do Santos), por o Diego ter ficado 12 anos na Europa, se desvinculou um pouco. Apesar de ele ter um carinho especial pelo Santos, e a torcida também por ele, mas a volta dele seria oportuna voltando para um clube como o Flamengo. Um clube que é um outro trabalho, um outro objetivo. Então isso tudo com certeza a torcida santista vai entender e continuar tendo um carinho por ele, como o Diego também tem pelo Santos”, afirmou, acrescentando que não descarta um retorno ao Peixe no futuro.
“Eu acho que no futebol a gente nunca pode descartar nada. Eu acredito que se houver um dia a possibilidade dele voltar, por que não? Mas eu acho que a gente tem que ir galgando as coisas de acordo com o momento, e o momento dele é o Flamengo, ele está focado no Flamengo”, disse Djair, que comemorou a volta do filho à seleção brasileira após os bons momentos vividos no time carioca no ano passado.
“O Diego está vivendo um momento muito bacana. Isso está fazendo parte de um trabalho que a gente buscou. Ele não tava se dando muito bem na Turquia. E com isso o momento que surgiu para a gente fazer essa transferência dele foi muito oportuna, mesmo porque eu disse para ele que ele teria a chance de voltar a jogar no Brasil, jogando num grande clube como o Flamengo. E com isso ele está aí buscando um espaço para estar no grupo da seleção. E graças a Deus ele tá tendo esse sucesso de fazer um trabalho muito bonito no Flamengo e o resultado está sendo a volta das convocações para a seleção brasileira”, afirmou Djair.
O pai de Diego também considerou como “sorte” o fato da boa fase do filho ter coincidido com a entrada de Tite no comando da equipe brasileira. O treinador voltou a convocar o jogador rubro-negro, que não apareceu em campo com a camisa da seleção por sete anos até o amistoso contra a Colômbia, em janeiro de 2017.
“O Tite é um excelente técnico e conseguiu visualizar e enxergar que o Diego seria um jogador que no momento que está vivendo seria importante para estar no grupo da seleção”, disse o pai do meia, que revelou que sonhava com o retorno de Diego à seleção quando trouxe o jogador para o Flamengo em 2016.
“Quando eu estava fazendo a operação da transferência do Diego (para o Flamengo), ele até achou que eu estava sonhando muito. Ele falou ‘pai, você tá sonhando muito alto, calma’. Eu falei ‘não, Diego, eu acho que o projeto tem que ser dado o primeiro passo. E o primeiro passo você vai dar vindo para um clube como o Flamengo. E o segundo passo se Deus quiser vai ser a oportunidade para voltar para a seleção. E quando aconteceu, ele até ficou surpreso e falou ‘não, pai, você acreditou mais que eu’. Eu acho que ele tem tudo para estar voltando para o grupo da seleção. É um grande profissional, grande pessoa, jogador de equipe, então isso vai se somar com a volta dele, e o Tite vai ganhar muito com isso”, contou.
E se por um lado a família está sonhando com as chances de Diego na seleção com Tite até a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, por outro Djair ressalta que o filho tem um sonho para este ano no Flamengo.
“O Diego é um jogador que sempre buscou títulos, ele teve a oportunidade de fazer uma final de Libertadores, mas naquela época não foi feliz. Quem sabe dessa vez a gente vai conseguir junto com o grupo do Flamengo ganhar a Libertadores, e quem sabe, por que não, o Mundial? Tem que sonhar, sonhar faz parte da dinâmica”, disse.
Fonte: Torcedores.com
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