sábado, 8 de abril de 2017

Matéria confirma que Botafogo sabia de problema na Arena.



Hoje a “Folha de S. Paulo” e o programa “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, mostraram imagens do buraco entre os setores Norte e Leste do Estádio da Ilha, o que levaria mais tempo para o Flamengo poder mandar seus jogos lá. O buraco se dá por uma obra de águas fluviais. O Flamengo se posicionou com uma nota e diz que o problema é antigo:

“O problema da tubulação no estádio luso brasileiro é antigo e público desde outubro do ano passado quando era administrado pelo Botafogo. Ao assumir o estádio, o Flamengo tomou todos os cuidados incluindo, nas diversas alterações que fez no projeto (…)“.

Em entrevista ao Blog Ser Flamengo, em março, o Vice-Presidente de Administração, Rafael Strauch falou sobre o ajuste nas águas fluviais do estádio:

“Estamos fazendo um ajuste estrutural na galeria de águas fluviais para acabar com um risco que poderia ter acontecido principalmente no mês de março, período de chuva. Isso poderia trazer água para dentro do campo, uma parte da arquibancada, o que prejudicaria a utilização“, mas sem citar se o problema era antigo. (Assista ao vídeo aqui). Na mesma matéria da “Folha de S. Paulo”, é citado um FlaxFlu pelo Campeonato Brasileiro que não foi jogado lá por problemas no esgoto, mas sem maiores detalhes do Botafogo.

Após um tweet do Coordenador do programa de sócio-torcedor do Botafogo, Carlos Eduardo Moura, em que comentava o link da matéria do Lancenet sobre a obra com um “Enfim saiu a notícia… rs“, o vice-presidente do Flamengo, Rafael Strauch respondeu:

“Sobre a Ilha: esse rapaz abaixo é um tricolor doente que trabalha no @BotafogoOficial no setor de Estádio“. Rafael continua e afirmando que o Botafogo sabia do problema e foram negligentes:

“Eles sabiam do problema! Nós soubemos em fevereiro e dai em diante estamos tomando TODAS as medidas para resolver, coisa que eles não fizeram. Quem é responsável e honesto resolve o problema! Quem é irresponsável e desonesto esconde, não resolve e lida com coisa séria fazendo graça“. Carlos Eduardo apagou o tweet em seguida. Procurado pelo blog para comentar sobre o episódio, Carlos Eduardo não atendeu e nem retornou as nossas ligações.

Segundo Marcelo Frazão, Diretor de Novos Negócios do Flamengo, a obra não altera a previsão de entrega do estádio para ser utilizado, que é início de maio:

“Final de abril a obra é finalizada em todo o estádio, logo em seguida a liberação oficial de praxe e vai estar aberto para receber jogos oficiais em maio“. Questionado se a não realização dessa obra, haveria algum impacto, Frazão disse que:

“O problema é antigo tanto que se tornou público em outubro de 2016 quando era administrado pelo Botafogo quando da nota oficial do Fluminense justificando a não realização do FlaxFlu na Ilha por um estouro de tubulação de esgoto. Não sei informar se na época houve fiscalização dos órgãos responsáveis, mas os jogos do Brasileiro de 2016 seguiram normalmente no Estádio até o final do ano“. Frazão dá mais detalhes:

“O Flamengo teve o cuidado de começar o projeto do zero sem aproveitar a estrutura existente e, numa vistoria de solo teve conhecimento da dimensão do problema, assim recebemos a recomendação técnica da necessidade de tal intervenção para a solução permanente para garantir total segurança do público e estruturas na área“.

No último dia 4, o jornalista Vitor Sérgio do Esporte Interativo, havia informado sem maiores detalhes, que tinha conhecimento de bastidor sobre órgãos públicos que atrasariam ao máximo a liberação para o Flamengo jogar na Ilha forçando o clube a jogar no Maracanã, fechando contrato com a Lagardère.

Rafel Strauch lembrou em seu twitter, um fato ocorrido em 2013 que é muito parecido. Em março de 2013, a dupla FlaxFlu havia fechado com o Botafogo para jogar no Engenhão. Na semana seguinte, a prefeitura fecha o Engenhão alegando problemas na estrutura da cobertura. Em seguida, Fluminense e o próprio Botafogo firmam contrato com a Odebrecht para jogarem no Maracanã, cumprindo uma das exigências do edital que era ter a garantia que dois clubes iam fazer seus jogos lá. Em fevereiro desse ano, a jornalista Gabriela Moreira da ESPN, publicou uma matéria que mostrava um empréstimo contraído pelo Botafogo junto a Odebrecht de R$ 30 milhões em fevereiro de 2014. O mais estranho do empréstimo é que ele deveria ter sido pago até 2016 com o risco do Botafogo perder os direitos econômicos de 88 jogadores e entre eles, o goleiro Jefferson. A empresa nunca cobrou ao Botafogo. Rafael finaliza o assunto em seu Twitter:

“Ou seja, não duvidem de absolutamente NADA das dificuldades que irão nos impor por não aceitar jogar no Maracanã com a Lagardère/BWA“. Realmente é tudo muito estranho

Lembrando ainda que o Botafogo chegou a pressionar o Flamengo para que ficasse com a estrutura montada por eles ano passado. O Botafogo pediu R$ 3,5 milhões para entregar tudo montado. Era só entrar e jogar. O Flamengo ouviu e recusou de imediato sem enviar contraproposta. Optou por começar do zero e oferecer segurança aos torcedores, moradores num trabalho que conta com a cooperação e fiscalização do poder público junto com órgãos competentes. Imagina o Flamengo fechando tal acordo sem conversar com a prefeitura, moradores e sem fazer as obras necessárias?

Fonte: Ser Flamengo

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