E o Flamengo acabou com as fantasias euriquianas tolas e pessimamente mal-acabadas. Com o fim da “supremacia” recente de um time que freqüenta ano-sim-ano-não as regiões pouco nobres na hierarquia do futebol tupiniquim, como bem observa um meme que anda circulando nas redes, agora é esperar o estádio deles estrear jogando bola no Carioqueta.
Tudo bem que dadas as diferenças gritantes de qualidade de elenco e de infraestrutura do Departamento de Futebol, teve muito rubro-negro pré-comemorando nas redes na base do “menos de três eu nem comemoro”.
Tudo bem também que enquanto não jogarmos contra a Seleção Alemã, a turma desconfiada e ranzinza do “ainda não enfrentamos um grande teste” vai continuar arrastando suas correntes por aí. Mas contra fatos não há argumentos, o Flamengo foi mesmo superior, ainda que não de forma esmagadora, e faturou a vaga na Final com sobras. Tanto que até a entrevista do Rodrigo após o jogo, porta-voz maior em campo da defesa da instituição cruzmaltina, teve tom conformado e sem atribuir a derrota a nenhuma injustiça.
Muralha nem trabalhou muito, apesar da cada vez maior consistência do Réver andar contrastando bastante com um ou outro deslize do Vaz. Diego sobrou em comparação ao Nenê (http://globoesporte.globo.com/rj/futebol/campeonato-carioca/noticia/2017/02/em-duelo-de-craques-diego-finaliza-cruza-e-passa-mais-que-nene.html), Guerrero não fez gol, mas trabalhou bastante lá na frente e o Rômulo quase marca um gol todo trabalhado na sagacidade e talento do futevôlei. Tudo ok. Acho que não há nenhuma atuação dos nossos atletas que mereça ser criticada. Até o Gabriel apresentou aquele futebol assim-assim de sempre, mas entrou com bastante disposição e com estado de espírito compatível com o Clássico em questão.
Agora vem o fluminenCe. Com 100% de aproveitamento na primeira fase, tendo atropelado o Vasco no único clássico disputado até agora pelo Tricolor das Laranjeiras, passou certo sufoco para empatar em zero a zero com o Madureira e garantir a vaga na Final. Não vi nenhum jogo deles porque tem coisa mais interessante passando na TV, mas dizem por aí que o time tá bem e que eles têm também lá sua cota de gringos apresentando bom futebol. Vamos esperar. Já vai ter passado o Carnaval, mas o lado de lá em breve começa a fantasiar o tal do “a gente quase não perde Final pro Flamengo... A gente quase não perde Final pro Flamengo...”. Daí é hora de rasgar essa fantasia também, já que o principal motivo é que eles quase nunca CHEGAM até as partidas decisivas, e por mais que sejamos poderosos, não dá mesmo pra coletar triunfos em jogos que não existem.
Um doce pra quem adivinhar o que a turma do terno e gravata anda fazendo em pleno Carnaval? Acertou quem arriscou que a atividade é a mesma da semana passada. Curtir a luz dos holofotes, tentar organizar uma simples partida de futebol e saber como e onde será realizado o Fla-flu. A procissão segue de forma semelhante a que antecedeu Flamengo x Vasco. As opções até o momento são: pequena esperança de Maracanã, escolha que deveria ser óbvia pelo Engenhão com duas torcidas, e Brasília correndo por fora para receber uma surreal decisão de Taça Guanabara sendo disputada tão longe do Rio. Quando o público for pífio que nem o da tarde de sábado no Raulino de Oliveira, daí a gente bate palma pros (i) responsáveis.
Fonte: GE
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