O sonho de o Flamengo conquistar o hepta no Brasileiro ficou apenas no cheirinho, mas pelo menos o clube assegurou uma vaga na próxima edição da Taça Libertadores após terminar a competição na terceira colocação com os mesmos 71 pontos do Santos, mas duas vitórias a menos (22 a 20). O que não deixa de ser um feito a ser exaltado, ainda mais num ano em que o elenco foi obrigado a fazer inúmeras longas viagens para exercer o seu mando de campo longe do Rio de Janeiro, uma vez que o Maracanã estava cedido para o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, só sendo liberado na reta final do campeonato.
Dos 38 jogos disputados na competição, o Flamengo iniciou e terminou 34 com a mesma zaga. Em três jogos, o Rubro-Negro teve mais de uma formação em função de substituições por contusão (Juan, no primeiro tempo contra a Chapecoense, na terceira rodada, e na segunda etapa contra o Coritiba, na 17ª rodada, além de Rafael Vaz, no segundo tempo diante do Santos, pela 37ª rodada). Apenas na vitória sobre o América-MG por 2 a 1, em Cariacica, pela 16ª rodada, o time atuou com três zagueiros de origem após a entrada de Rafael Vaz no lugar do lateral Chiquinho, bastante contestado pela torcida na ocasião, para atuar ao lado de Réver e Juan. No total foram 42 formações no decorrer do Brasileirão.
Com a saída do treinador Muricy Ramalho devido a problemas de saúde, Zé Ricardo assumiu o comando da equipe, tendo a difícil missão de entrosar a equipe ao longo da competição com os reforços que iam sendo contratados. Dentro deste contexto, a zaga era uma das principais preocupações da comissão técnica, diretoria e torcedores por conta das sucessivas falhas cometidas pelo sistema defensivo e que culminaram com as saídas dos zagueiros Wallace - atualmente no Grêmio - e César Martins - que está no Nacional-POR emprestado pelo Benfica. Como Juan tem um histórico frequente de lesões, impedindo que tenha uma sequência longa de jogos, o Flamengo foi ao mercado e contratou o argentino Donatti, um dos destaques da última Libertadores atuando pelo Rosario Central. Mas foi com as aquisições de Rafael Vaz, ex-Vasco, e Réver, até então encostado no Internacional, que o rendimento da defesa começou a melhorar, deixando a torcida menos apreensiva.
Nos 26 jogos que a dupla formou a zaga do Flamengo, o time levou 24 gols, o que dá uma média inferior a um gol por partida (0,92), o que contribuiu para o clube terminar com a segunda defesa menos vazada do Brasileiro, com 35 gols (média de 0,92 por jogo) sofridos assim como o Peixe e atrás somente de Palmeiras e Atlético-PR, ambos com 32. Foi o melhor desempenho do Rubro-Negro desde 2006, quando a competição passou a ser disputada por 20 clubes no sistema de pontos corridos. Até então, o melhor desempenho tinha sido registrado em 2009, ano do hexa, e 2010, quando tomou 44 gols (média de 1,15 por jogo). O pior desempenho aconteceu na edição de 2015. Na ocasião levou 53 gols (média de 1,39 por jogo).
Além de Réver e Rafael Vaz, a zaga do Flamengo teve outras nove composições durante as partidas disputadas ao longo do campeonato: Léo Duarte e Juan (três jogos, dois gols sofridos); Léo Duarte e Rafael Dumas (um jogo, um gol sofrido); Léo Duarte e César Martins (três jogos, três gols sofridos); Léo Duarte e Rafael Vaz (um jogo, um gol sofrido); Réver e Juan (quatro jogos, três gols sofridos, sendo todos no empate com o Botafogo por 3 a 3, no Luso-Brasileiro, pela 15ª rodada); Réver, Juan e Rafael Vaz (um jogo, um gol sofrido); Juan e Rafael Vaz (um jogo, nenhum gol sofrido); Rafael Vaz e Donatti (um jogo; nenhum gol sofrido); e Donatti e Juan (um jogo; nenhum gol sofrido).
Fonte: Globo Esporte
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